Já se sabe que as startups são diferentes em muitos aspectos, mas as mudanças em algumas vão muito além. Em matéria para o site Fast Company, Lydia Dishman escreve sobre duas startups estão trabalhando para mudar as desigualdades de gênero do mundo fintech.

Elas são a Addepar (nomeada uma das empresas mais inovadoras Fast Company este ano), uma gestão de fortunas 3.0 que criou um painel de controle financeiro para os conselheiros, trabalhando com o 1% para mitigar o risco de carteiras de investimento; e a e a ZestFinance, fundada pelo ex-CIO do Google, Douglas Merrill, tem como objetivo reduzir o risco de concessão de empréstimos por meio da análise de big data.

O artigo cita uma pesquisa que sugere as mulheres como melhores investidoras do que os homens e melhores gestoras de carteira, apesar disso, apenas 23% dos planejadores financeiros certificados são mulheres, número que se mantém a décadas (de acordo com PCP).

Com uma cultura vinda do topo, Barbara Holzapfel, CMO da Addepar, diz que em geral tem 20% de seus empregados do sexo feminino, sendo na gestão 30% de mulheres, inclusive o CFO, CMO, eo VP de pessoas. Além disso a empresa se preocupa com a inclusão de todas as idades, gêneros, habilidades e fundos. A startup tem costume de olhar para organizações femininas de tecnologia em busca de candidatas, promove discussões sobre diversidade com a participação do CEO Eric Poirier, e ainda mais tempo de licença paternidade e remuneração integral na licença maternidade.

Na ZestFinance, o CEO Douglas Merrill promove a diversidade em sua cultura corporativa. Atualmente, mais de 40% de sua força de trabalho são mulheres e 50% de sua C-suite são mulheres. Isso aconteceu graças a um processo de contratação onde prioriza a visão de potencial para fazer várias funções ao contrário da contratação de habilidades específicas e onde tudo é feito por um comitê.

Merrill diz no artigo que incentiva os funcionários a contratar pessoas que não pensam como eles, que podem realmente incomodá-los. “Nós intencionalmente e ativamente trabalhamos para contratar pessoas que são diferentes umas das outras para criar um pensamento amplo e certificar que geramos as melhores ideias”, diz ele. Para Holzapfel, “A diversidade é uma das maiores facilitadoras para o estabelecimento de uma forte cultura que atrai e retém os melhores talentos”.

Os dois, Holzapfel e Merrill, tem uma visão que essa promoção da diversidade trás para as empresas maior nível de ideias e criatividade, e além disso retém e criam uma forte cultura na empresa. Veja a matéria na íntegra.