Ameaças de insurtechs como a Limonade são avaliadas em debate na Conferência Brasileira de Seguros

Ao moderar o painel “Rompendo paradigmas no mercado de seguros“, que ocorreu na 11ª edição do Insurance Service Meeting, evento que acontece paralelamente à 8ª Conferência Brasileira de Seguros, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CONSEGURO), o editor-chefe do programa Mundo S/A, da Globo News, João Mostacada destacou como uma das ameaças ao mercado segurador tradicional a insurtech americana Lemonade.

Segundo matéria publicada pelo portal da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), ele informou que a seguradora digital lançada em setembro do ano passado com base em inteligência artificial arrecadou US$ 13 milhões junto a investidores e usou aplicativos para fechar seguros residenciais a US$ 5 e US$ 35 por mês, para locatários e proprietários substituindo corretores e a burocracia por chatbots e machines learnigs. Tudo feito sem documentação e de forma instantânea.

Segundo Mostacada, tecnologias ligadas à automação de processos como machines learnings e inteligência artificial estão transformando a relação entre empresas e consumidores e impactando diversos setores incluindo a indústria de seguros. “ As máquinas estão aprendendo a pensar e já podemos ver isso no nosso dia a dia. As atendentes virtuais de telemarketing são um exemplo”, disse.

O superintendente de TI da Porto Seguro, Marcos Sirelli disse que “obviamente, o modelo de negócio proposto pela Lemonade é uma ameaça à estrutura convencional do mercado de seguros”. Entretanto, afirmou acreditar que o estabelecimento desse formato de venda no Brasil não será algo simples. “O mercado de seguros tem suas especificidades, assim como os consumidores brasileiros”, avaliou

Para o diretor da Bradesco Seguros, Curt Zimmermann, as mudanças de comportamento da sociedade estão realmente influenciando a indústria de seguros. Para ele, além da inteligência artificial e das machines learnings, a tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology), mais conhecida como blockchain, também tem potencial para transformar toda a infraestrutura dos serviços financeiros globais.  “O departamento de inovação da empresa tem trabalhado e subsidiado muitas iniciativas que trazem uma tônica diferente para o mercado”, informou Curt.