Com discurso em favor das fintechs, Brasil assume a presidência da Aliança Global para Inclusão Financeira

O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central do Brasil, Isaac Sidney Menezes, assumiu a presidência do Conselho de Diretores da Aliança para Inclusão Financeira (AFI, na sigla em inglês). A cerimônia de nomeação aconteceu durante o Fórum de Política Global 2017 realizado na semana passada no Egito e o mandato é de dois anos. Ao falar sobre seus planos à frente do órgão, o executivo destacou o papel que deve ser desempenhado pelos avanços tecnológicos na promoção da inclusão financeira.

Segundo ele, as fintechs são capazes de oferecer serviços financeiros inovadores com mais agilidade, menor custo e menos burocracia. “Ao utilizarem a tecnologia e novos métodos na avaliação de risco, por exemplo, as fintechs têm se destacado na promoção do acesso ao crédito pelos cidadãos ainda não bancarizados. Esse grande avanço da tecnologia, no entanto, tem que ser acompanhado por um ambiente regulatório que dê segurança, tanto ao usuário das fintechs, como aos empreendedores que desejam atuar nesse segmento”, disse.

Formada por representantes de mais de 90 países, a AFI busca promover o acesso a serviços financeiros e bancários, além de estimular o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem esse acesso.

De acordo com comunicado distribuído à imprensa, em novembro de 2016, o Banco Central brasileiro já havia assumido o compromisso de liderar, junto com a Costa Rica, a iniciativa para a inclusão financeira da América Latina e Caribe (Filac). Além disso, o país assinou Acordo de Cooperação Técnica com os bancos centrais dos países de língua portuguesa. “Essas iniciativas potencializam o desenvolvimento de políticas de inclusão financeira mais especificas para as necessidades locais”, destacou Isaac Sidney.