Next Money avalia tendências e elege fintech representante brasileira na FF18

O Auditório da Telefônica foi palco, na semana passada, do Next Money São Paulo 2017, evento internacional de Fintech com edições nos principais polos de tecnologia financeira do mundo. Além de debater assuntos como inclusão financeira, internacionalização e criptomoedas, com importantes nomes da cena fintech nacional e internacional, a programação também contemplou a realização da semifinal Latino Americana do Fintech Finals 2018 (FF18). A competição escolheu a startup Smarttbot para representar o Brasil em Hong Kong, na etapa final do evento, que acontecerá em janeiro do ano que vem. A empresa vencedora superou as iniciativas Portfy, Tá Pago, Kavod Lending e Kakau, Appolice, Quartilho e Next One.

Outro destaque da edição paulistana do Next Money foi a colaboração do governo Suíço, que proporcionou a participação do executivo Marc Lussy. Ele contou sobre a jornada do ecossistema Suíço de Fintech, desde o começo até os dias atuais, e como é possível construir pontes com o ambiente Fintech brasileiro. O evento contou com o patrocínio do Banco do Brasil, CoinBr, Conductor, Foxbit, Microsoft e PK Advogados, com do apoio do Comitê de Fintech da ABStartups, Planejar, Switzerland Global Enterprise e Telefônica Open Future, além do apoio de mídia do Conexão Fintech, FintechLab e Let’s Talk Payments.

O primeiro painel do dia tratou da inclusão financeira e contou com a participação do CEO do Banco Maré, Alexander Albuquerque, do CEO da Creditas, Sérgio Furio, e do fundador do Conexão Fintech, José Prado. Em um dos principais momentos, Sérgio Furio disse que a combinação da transparência dos serviços com inovação é o que vai possibilitar a inclusão financeira das classes mais baixas no Brasil.

Na sequência, o painel sobre internacionalização de Fintechs explorou cases de expansão de empresas nos mercados Europeu e Norte Americano, onde o CEO da Transfero Swiss AG, Thiago Cesar, o CEO da Cloudwalk, Luis Silva, e o VP da Zetra, Flávio Náufel, estão atuando. Eles contaram como foi a jornada de suas empresas nesse processo e deram dicas para empreendedores que queiram seguir o mesmo caminho.

O evento retornou à tarde com o painel sobre ICOs (Initial Coin Offerings) com a presença do CEO da OriginalMy, Edilson Osório Jr., do CFO da Swapy, Brunno Neves, e do Country Manager da Ripio, Fernando Bresslau. Na ocasião Edilson e Brunno contaram sobre como serão seus ICOs, planejados para serem lançados até o começo do ano que vem, e Fernando contou sobre a recente captação da Ripio para o projeto RCN (Ripio Credit Network), que teve seu ICO finalizado no começo do mês de novembro.

O debate seguinte tratou sobre a coexistência entre bancos, grandes empresas de tecnologia e Fintechs, e teve como painelistas o responsável pelo Open Banking do Banco do Brasil, Pedro Begotti, o Head de Financial Services da Microsoft, Adriano Bottas, e o fundador do FintechLab, Marcelo Bradaschia. Todos concordaram que o advento do Open Banking, no qual bancos e Fintechs podem se conectar por meio de APIs, será uma das mais importantes formas de efetiva colaboração entre as instituições tradicionais e as novatas. O fenômeno tem crescido muito na Europa e é uma das principais tendências para os próximos anos.

Explorando melhor o futuro das remessas internacionais, o painel que veio em seguida contou com a presença do diretor da Bitwage, Fabiano Dias, da especialista em Fintech da Haus21, Christina Hutchison, e do CEO da Beetech, Fernando Pavani. Uma das principais discussões focou nas diferenças entre redes mais tradicionais como a Swift comparada às novas alternativas para transferências internacionais, como a Ripple e a R3.

Houve também uma discussão sobre criptomoedas como uma nova classe de ativo financeiro. O sócio-diretor da Foxbit, Felipe Trovão, o fundador da CoinBR, Rocelo Lopes, e sócio da PK Advogados, Hélio Ferreira Moraes, abordaram algumas características que fazem das criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, ativos cada vez mais utilizados como alternativa de investimento, bem como comentaram sobre a forte valorização desses ativos ocorrida esse ano.

O último painel do dia tratou dos impactos da tecnologia Blockchain na indústria financeira e contou com a presença do Country Manager da R3, Rob Sagurton, e do Business Developer da Consensys no Brasil, Safiri Félix.

A palestra final foi feita pelo Dr. Thomás Puschmann, conselheiro de Fintech para o governo Suíço e professor na Universidade de Zurich. Ele falou sobre a indústria de Wealthtech Suíça e o processo de automatização do ambiente de investimentos por lá.