Grande revolução das fintechs precisa envolver aspectos emocionais e sociais

O crescimento do ecossistema fintech no Brasil não é mais tema de discussão sob nenhum ponto de vista. No entanto, uma das questões que começam a aparecer é o quanto este aumento de volume das iniciativas e de soluções está representando uma verdadeira revolução no sistema financeiro do país. 

Esta avaliação foi feita durante um painel do O2O Innovation Xperience, evento realizado pela ABO2O (Associação Brasileira Online to Offline), entidade que reúne as principais plataformas digitais e marketplaces atuantes no país, em parceria com a API Connect, Cantarino Brasileiro e Instituto Startups.

Sob a coordenação de Boanergers Ramos Freire, presidente da consultoria Boanerges & Cia, alguns especialistas foram provocados a responder essa questão.

O Global Innovation & Digital Business Director da Stefanini, Breno Barros, por exemplo, declarou que a revolução ainda está apenas começando. Segundo ele, ainda há um espaço enorme para ser explorado. “Tem muita startup que ainda faz mais do mesmo porque elas ainda resolvem só o aspecto funcional. A grande revolução acontece quando elas começam a resolver questões emocionais e sociais”, disse.

Ele foi acompanhado pelo CRO (Chief Revenue Officer) da Zoop, Rafael Lavezzo. “As fintechs que mais revolucionam são aquelas que resolvem algum problema. Outras fazem mais do mesmo”, disse.

Já Stephanie Fleury, CEO da DinDin, ressaltou que a grande palavra é opção. “O fato de ter voz para escolher o que você quer e não ficar mais calado aceitando o que te oferecem é a grande revolução”, declarou.

Neste sentido, ela contou com o apoio de Daniel Oliveira, CEO da PaySmart. O executivo lembrou que o país conta com cinco grandes bancos que respondem por 80% do mercado e centenas de fintechs que estão fazendo coisas muito interessantes de uma maneira diferente desses grandes bancos, não porque tem gênios, mas porque podem pensar diferente. “Tiramos poder das empresas tradicionais”, pontou.

Stephanie Fleury também fez questão de apontar para as tendências que podem levar a uma percepção mais clara de revolução. Segundo ela, as E-Wallets serão a base de muita coisa que será criada. “O brasileiro quer crédito ou ir um pouco além, como ter um seguro ou plano de assistência, e vamos conseguir oferecer esse complemento”, refletiu.