Fintech Weel recebe R$ 80 milhões do BV e já mira Chile e México

Criada em 2015 em Israel pelos brasileiros Simcha Neumark e Shmuel Kalmus, e pelo norte-americano Russell Weiss, a fintech especializada em antecipação de recebíveis Weel acaba de receber um aporte de R$ 80 milhões feito pelo BV, ex-Banco Votorantim. O anúncio foi feito ontem (13) e segundo reportagem publicada pela agência Reuters, envolve o braço de inovação do banco, BVx, que também opera junto a startups de outros setores como energia renovável e educação.

Na matéria, o fundador Simcha Neumark, explica que os novos recursos serão direcionados para fazer com que a operação da empresa alcance a todos os Estados brasileiros já que hoje a startup está presente em 21 deles. O passo seguinte, segundo ele, será uma expansão para outros mercados na América Latina. Os primeiros alvos são o Chile e o México.

A Weel oferece recursos de capital de giro para empresas com faturamento médio anual em torno de R$ 10 milhões. A fintech usa inteligência artificial e big data para definir tanto o perfil das empresas que pedem antecipação de recursos quando das que efetuam o pagamento. Todo o processo é executado em minutos e as taxas praticadas para o tomador são em média 21% menores do que as cobradas no mercado. A empresa afirma ter feito R$ 150 milhões em antecipação de recursos em 2018, saltando para R$ 700 milhões no ano passado.

De acordo com a notícia, além do aporte, o banco vai ampliar o funding para a Weel em até R$ 800 milhões. O diretor de estratégia e inovação do BV, Guilherme Horn, afirma em depoimento à Reuters que o investimento revela a percepção de como o nicho de empresas médias ainda é precariamente atendido pelo sistema financeiro tradicional.

O texto argumenta que emprestar recursos a empresas pequenas tem sido uma forte tendência na disputa entre bancos e fintechs.