Fintech focada na compra de direitos creditórios consumeristas levanta R$ 22 milhões

A fintech Regera, plataforma digital focada na aquisição e gestão de créditos e direitos de consumidores, informou ter levantado uma rodada de investimentos de R$ 22 milhões além da criação de um fundo proprietário de compra de direitos no valor de R$ 85 milhões. 

A empresa compra o crédito do consumidor, que escolhe receber um valor à vista ou um valor maior ao final do processo, em caso de ganho na justiça. Por outro lado, a Regera assume o risco, fica responsável por precificar, gerir e auditar o processo de recuperação do crédito do início ao fim.

“Além da vantagem financeira sem risco ou custo para o consumidor e sua consequente injeção de recursos na economia, nosso objetivo é contribuir para o fortalecimento do senso de cidadania e com a redução do volume de processos do sistema judiciário, uma vez que atuamos com Direito Individual Homogêneo, permitindo a pulverização das causas com maior acesso aos consumidores”, explica Bruno Dollo, fundador da empresa.

Nos três primeiros anos de atuação, a empresa, que aposta no crescimento do mercado de direitos creditórios consumeristas padronizados de pequeno valor, desenvolveu esse novo negócio com dois dos principais fundos de investimentos alternativos do Brasil.

“Foi um aprendizado valioso, reforçamos nosso entendimento sobre riscos e oportunidades e ao mesmo tempo testamos o negócio em três diferentes causas. Uma das principais conclusões foi enxergar a importância do alinhamento cultural e independência do capital para a empresa”, conclui Dollo. Até o momento, já trabalhou com três causas: Sabesp (Tarifa de Contingência), Volkswagen (Dieselgate) e ICMS da Conta de Luz, conseguindo mais de 8 mil contratos assinados. 

A startup avalia que essa nova rodada de investimentos impulsa a empresa a um novo patamar de impacto, com maior sinergia entre os investidores e maior autonomia à medida que proporciona a independência de grandes grupos.

“Nosso objetivo com esse novo fundo é desenvolver o ecossistema desse mercado de direito creditório consumerista e formar uma carteira significativa com track record para que outros investidores possam entrar conosco nesse novo mercado. Vimos na Regera a oportunidade de ter retorno financeiro e ao mesmo tempo fazer algo inovador e positivo para a sociedade”, comenta Euclides Ribeiro, investidor e advogado que traz know-how em recuperação judicial para esse novo mercado. 

Ainda este ano, a Regerá pretende lançar uma plataforma digital multicausas que dará escala e aumentará a velocidade de lançamento de novas causas. Desta forma ela oferecerá aos consumidores a oportunidade de uma nova fonte de receita recorrente e até então não prevista.