Um estudo recente sobre o mercado de hipotecas dos EUA revelou que os algoritmos usados pelas fintechs na tomada de decisão sobre concessão de crédito são menos discriminatórios contra as minorias do que os programas e processos utilizados tradicionalmente pelas empresas que operam neste setor.
De acordo com um artigo publicado pelo portal Quartz, a pesquisa feita pelo National Bureau of Economic Research, mostrou que ao solicitar crédito para comprar um imóvel, os clientes latinos e afro-americanos geralmente acabam pagando 7,9 pontos-base (0,079 ponto percentual) mais do que os brancos para pagar a hipoteca, e 3,6 pontos-base a mais quando refinanciam a dívida.
Isso representa US $ 765 milhões em custos adicionais de juros a cada ano. Os pesquisadores também estimaram que a discriminação pode ter resultado em até 1,3 milhão de pedidos de hipoteca rejeitados entre 2009 e 2015.
Ao observarem o que acontece na utilização dos algoritmos pelas empresas de tecnologia financeira on-line, os pesquisadores notaram que, apesar da discriminação continuar existindo, ela tende a ser 40% menor do que os agentes de crédito que tomam decisões face-a-face.
O trabalho foi desenvolvido com base na observação de decisões tomadas por mais de 2.000 dos maiores credores hipotecários nos EUA entre 2012 a 2018. A avaliação geral é de que a discriminação hipotecária declinou nos últimos anos, o que também pode ter sido motivado pelos sites de comparação que facilitaram a compra.