O período de chuvas que afeta tragicamente o Rio Grande do Sul, desde a semana passada, vem mobilizando pessoas de todos os cantos do Brasil dispostas a contribuir para minimizar as dores dos atingidos. Principalmente através das redes sociais, diversas campanhas de arrecadação de doações em dinheiro ou itens de necessidade básica estão se espalhando. As mais comuns são feitas com o compartilhamento de chaves PIX, a exemplo das campanhas feitas pelo próprio Governo do Estado gaúcho, por ONG’s e até celebridades digitais. Porém, muitos golpistas estão se aproveitando da sensibilidade da população para divulgar falsas arrecadações e lucrar com a vulnerabilidade dos afetados.
“A avassaladora maioria dessas campanhas tem intuito de levar o mínimo de conforto para aqueles que perderam tudo, mas infelizmente casos de golpes não são incomuns, principalmente quando as doações são destinadas para desconhecidos. É o que chamamos de engenharia social, que explora um momento de “fraqueza” humana para manipular as vítimas e induzi-las a compartilhar informações sensíveis ou até mesmo transferir dinheiro para quem não conhece”, explica Flávio Silva, CTO da DeServ, empresa especializada em segurança da informação e privacidade dos dados.
Para conscientizar as pessoas que desejam contribuir de forma segura, a DeServ listou 6 dicas para garantir que o dinheiro transferido via PIX seja realmente destinado às vítimas das chuvas:
1. Verifique a fonte: certifique-se de que está escaneando o código QR de uma fonte confiável, evitando códigos de fontes desconhecidas ou suspeitas.
2. Analise o destino: antes de escanear o código, examine para onde ele está sendo direcionado. Se o destino parecer suspeito ou não relacionado ao que você estava esperando, evite escanear. (Observe que o CNPJ do card – código QR – é o mesmo da entidade a qual será destinado o PIX).
3. Utilize aplicativos de segurança: considere usar aplicativos de segurança que oferecem recursos de verificação de códigos QR, os quais podem identificar links maliciosos ou phishing.
4. Mantenha o software atualizado: certifique-se de que seu dispositivo e seus aplicativos estejam atualizados com as versões mais recentes, pois estas muitas vezes incluem correções de segurança importantes.
5. Desconfie de ofertas muito boas para ser verdade: se o código QR estiver vinculado a uma oferta ou promoção que pareça demasiadamente boa para ser verdade, é importante questionar sua autenticidade. No atual cenário não há ofertas, prêmios ou brindes para efetuar a doação.
6. Evite fornecer informações pessoais: ao escanear um código QR, evite fornecer informações pessoais ou confidenciais, a menos que você tenha certeza absoluta da legitimidade da fonte. Nos casos de doações não estão sendo solicitados dados das pessoas “doadoras”, em nenhuma hipótese, salvo as pessoas que estão em “campo”, para eventual acompanhamento posterior das entidades de saúde.