Em “How Banks Can Out-Innovate Startups and Tech Firms” são listadas quatro estratégias que poderiam ser adotadas para as grandes organizações de serviços financeiros superarem as Start-ups e Tech-Firms, que já ganham os mercados dos bancos e instituições financeiras tradicionais. As estratégias sugeridas são: foco no digital, adotar plataforma-as-a-service, foco na experiência do cliente e usar o ambiente regulatório e de compliance a seu favor.
Dois grandes questionamentos a estas estratégias podem ser colocados para reflexão.
Primeiro: é claro que todo o projeto de inovação relacionado a Fintech hoje precisa pensar em estar presente em todas as formas móveis de relacionamento, explorar com acuidade, simplicidade e precisão as oportunidades de fornecer a melhor experiência para o cliente, por mais desgastado que esteja este termo, e adotar uma plataforma que não dependa de se mexer no incrivelmente complexo emaranhado de sistemas legados das grandes instituições financeiras.
Mas estas três estratégias não tocam no ponto fundamental: as grandes empresas de serviços financeiros são conservadoras no seu processo de tomada de decisão. E empreender e inovar requer assumir riscos, controlados, mas riscos de qualquer forma. Colocar um projeto de inovação no portfolio, na fila de projetos, dos bancos e empresas de serviços financeiros tradicionais vira um trabalho quase impossível porque serão priorizados projetos que asseguram a manutenção das linhas de receitas atuais, ou projetos que alteram marginalmente produtos e serviços “consagrados”, ou projetos que mitigam riscos operacionais.