O primeiro wearable (tecnologia ‘vestível’) para pagamentos do país, criado pela startup ATAR, de Timbó, no Vale do Itajaí (SC), começa a ser vendido online, a partir desta quarta-feira (18), no site: www.wearatar.com. Até o início da semana, cerca de 10 mil usuários estavam cadastrados na fila de espera para comprar a pulseira, no valor inicial de R$ 299,00. A tecnologia inovadora permite que os brasileiros possam “vestir” o seu cartão e realizar pagamentos de forma simples e confiável. A pulseira ATAR Band, à prova d’água e sem uso de bateria, é o primeiro produto lançado pela empresa.
A ATAR Band funciona por meio da tecnologia de transmissão de dados sem fio por aproximação (NFC). Para fazer um pagamento, basta aproximá-la da máquina de cartão e digitar a senha, sem precisar da carteira. O acessório vestível é integrado a um aplicativo mobile, que permite ao usuário receber notificações a cada compra e acompanhar o histórico de pagamentos. “Queremos ajudar as pessoas a se livrarem de carteira, cartões e moedas e melhorar a experiência de compras e pagamentos presenciais, trazendo mais rapidez, simplicidade e segurança”, comenta Orlando Purim Junior, CEO da startup.
A ideia de “livrar” as carteiras surgiu em 2014, entre três amigos: Orlando, Mike Allan e Luiz Fernando Heidrich. A proposta era criar um produto (wearable) que qualquer um pudesse vestir para fazer pagamentos. A grande validação do wearable ocorreu no InovaBRA, programa de inovação criado pelo Bradesco para apoiar projetos arrojados de startups com soluções aplicáveis ou adaptáveis ao setor financeiro.
A tecnologia da ATAR foi apresentada ao público pela primeira vez durante o Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (CIAB) de 2015, consolidando-se como o primeiro wearable de pagamentos desenvolvido no país. No ano passado, a startup também participou do Techcrunch Disrupt São Francisco (EUA), o maior evento de empreendedorismo digital do mundo. A solução foi exposta no evento e gerou interesse da comunidade internacional. A ATAR já recebeu R$ 1 milhão em aportes e ganhou oito prêmios como reconhecimento pela inovação e alto potencial de crescimento.
Inovação dispensa bateria:
O wearable criado no Brasil funciona sem bateria, ou seja, o consumidor não precisa conectá-lo a fios ou fazer a recarga da pulseira e é totalmente à prova d’água. A bateria é o grande empecilho da massificação de wearables mundo afora, detalhe que foi levado em conta desde o início do desenvolvimento da ATAR.
Como funciona:
A primeira coisa a fazer para usar a ATAR band é inserir carga na pulseira. Para por carga, o usuário acessa o aplicativo da ATAR e gera um boleto com o valor que quer colocar na pulseira, depois é só pagar o boleto no internet banking de seu banco. Graças a algumas melhorias feitas pela ATAR, esse processo todo de gerar boleto e pagamento no internet banking, leva menos de dois minutos. A empresa ainda pretende integrar novas formas de creditar a pulseira no futuro, como transferência bancária e cartões de débito e crédito.
Depois que o usuário tiver carga na pulseira, já é possível usar a ATAR band para fazer pagamentos nos estabelecimentos. Pagar com wearable é muito fácil: o estabelecimento precisa contar com uma máquina de cartão que aceite a tecnologia contactless (NFC). Após inserir o valor da compra na máquina de cartão, o usuário aproxima o acessório da máquina, coloca a sua senha pessoal e o pagamento está feito. O pagamento leva segundos para ser feito. Assista ao vídeo sobre o funcionamento do wearable no link.
Por meio do aplicativo o usuário também receberá uma notificação quando realizar um pagamento e poderá acompanhar o histórico de tudo que foi gasto, sem precisar empilhar recibos. Além disso, o app tem a função “segurança”, que permite bloquear a pulseira de forma simples, segura e rápida.
Mercado financeiro:
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), mais de 1,4 bilhões de transações via cartão foram realizadas no Brasil, um crescimento de quase 10% em comparação a 2014. Atualmente, cerca de 85% das máquinas de cartão são contactless, aceitam o pagamento por aproximação, utilizando tecnologia de comunicação por campo próximo (NFC). Nos Estados Unidos, onde grandes empresas já investem nesse tipo de tecnologia, somente 17% das máquinas de cartão são compatíveis com a tecnologia. Segundo estimativas de operadoras de cartão de crédito, mais de 1,9 bilhões de dispositivos estarão aptos a realizar pagamentos contactless até 2018.
Sobre a ATAR:
A ATAR é uma startup de Timbó, no Vale do Itajaí (SC), pioneira no desenvolvimento de wearables (tecnologia vestível) no país. A inovação, que funciona por meio da tecnologia de transmissão de dados sem fio (NFC), permite que o usuário possa fazer pagamento apenas aproximando o acessório criado pela ATAR da máquina de cartão. A tecnologia foi apresentada ao público pela primeira vez durante o Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (CIAB) de 2015, consolidando-se como o primeiro wearable de pagamentos desenvolvido no país. No ano passado, a startup também participou do Techcrunch Disrupt São Francisco (EUA), maior evento de empreendedorismo digital do mundo. Desde a criação, a ATAR já recebeu R$ 1 milhão em aportes e ganhou oito prêmios como reconhecimento pela inovação e alto potencial de crescimento.