Independente do quão organizado você é na sua vida financeira, é provável que você já tenha tido algum problema com o emaranhado de informações e taxas que costuma ser a regra das instituições financeiras.
Não importa o serviço, o normal é que ele seja caro e suas regras não sejam claras. Porém, este cenário vem mudando.
As fintechs já são uma realidade. Para a nossa sorte, elas estão por ai no mundo inteiro atuando em áreas onde os grandes bancos não conseguem atuar, ou então, sendo mais eficientes.
Graças a esse cenário, aqui vão seis maneiras que podemos aproveitar das fintechs e startups para melhorar e simplificar nossa vida financeira.
1 – Investimentos
Fazer investimentos nunca foi uma tarefa tranquila. Quem não é da área, normalmente acaba tendo de recorrer à terceiros (como um gerente de banco, ou um advisor) e acaba pagando um alto preço por isso.
Hoje, as fintechs já estão mudando esse cenário. Inspiradas por uma iniciativa americana, elas atuam de uma forma bem simples. Possuem um robô que, de acordo com o perfil do cliente, monta toda a estratégia de investimento para ele.
Você, como investidor, não precisará fazer nada além de depositar o dinheiro na corretora. Todo o trabalho de escolher os ativos e rebalancear sua carteira a cada novo depósito será feito pelo robô.
Além disso, esses robôs operam de acordo com a mais atualizada teoria de investimentos e diversificação de ativos. Logo, você estará investindo com o que há de mais moderno na teoria sem ter de se preocupar com nada.
Alguns exemplos dessas fintechs já atuando no Brasil são a Vérios, Oi Warren e Magnetis.
2 – Controle Financeiro
Tanto para quem é organizado como para quem não é, o controle das próprias finanças dentro dos grandes bancos nunca foi fácil.
Tendo que lidar com extratos de cartões de crédito e diferentes códigos, é fácil entender porque muitas pessoas simplesmente não tem um controle maior sobre suas finanças.
Porém, a era das várias planilhas de controle, e até mesmo do próprio descontrole financeiro podem estar com seus dias contados. Isso se deve graças a fintechs como a GuiaBolso.
Através de um rápido cadastro, as empresas deste ramo captam suas informações de conta corrente e de seus cartões organizando tudo em um só lugar.
De forma automática, o aplicativo organiza todos os seus gastos em diferentes categorias, ajudando cada um a entender melhor para onde está indo o dinheiro no fim do mês. Também é possível se planejar melhor e organizar metas para que seja possível fechar todo mês no azul, incluindo ai alguma poupança.
3 – Cartão de Crédito
Sabe aquele seu cartão de crédito que cobra anuidade? Aquele atendimento complicado, demorado e, normalmente, pelo telefone? Vários dados e números escritos de uma forma que (quase) ninguém entende?
Sinta-se sortudo! Em breve isso pode ir parar nos livros de história.
Com a entrada das fintechs nesse ramo, já é possível conseguir um cartão de crédito que não te cobra nada, e com atendimento totalmente online.
O mais famoso destes é o roxinho Nubank. Ele entrou na moda nos últimos meses no Brasil exatamente por essa facilidade toda! Seus cartões de crédito são sem anuidades e tudo pode ser resolvido de forma rápida e simples pelo aplicativo no celular.
O seu sucesso foi enorme, recebendo cada vez mais investimentos e com uma fila de espera cada vez maior. Não era de se surpreender que, logo, concorrentes surgiriam.
Na mesma pegada deste pioneiro, já existe a fintech Digio, com um serviço muito similar, e o próprio Banco Intermedium.
A diferença do banco digital para as fintechs é que é preciso abrir uma conta corrente por lá para pedir o cartão. A boa notícia é que a conta também é de graça! Além disso, assim como nas fintechs, tudo também é resolvido de forma simples e online.
4 – Empréstimos
Ah, os empréstimos. Aquele tema básico de economia que normalmente vem atrelado a muita burocracia e altos juros. A receita perfeita para a disrupção.
Lá no exterior uma das primeiras e mais famosas startups a entrar neste ramo foi a chamada LendingClub. A ideia era funcionar no estilo de um marketplace como é o Airbnb, por exemplo. Isso significa que eles somente conectam pessoas que precisam de um empréstimo a pessoas que querem investir e estão dispostas a investir em outras pessoas.
Utilizando de diversos artifícios para não ter pessoas com risco muito alto de calote pedindo empréstimo, o site foi um sucesso. Hoje, inclusive, eles possuem em seu quadro de diretores pessoas com currículos invejáveis, incluindo aí ex-membros do Fed, o banco central americano.
Aqui no Brasil, numa pegada similar, temos a Geru. Eles se utilizam da tecnologia para oferecer juros mais baixos do que os de mercado e tudo é feito online.
Também na mesma pegada de marketplace temos a Creditas. Esta fintech, porém, opera apenas com empréstimos com garantia. Dessa forma, como a pessoa que estará pegando dinheiro também entra com uma parte do risco, aliado ao uso da tecnologia, os juros são bem baixos e o procedimento bem simples e rápido.
Lá no site dos Juros Baixos, já fizemos um teste sobre a Creditas e a Geru, dá uma conferida lá para mais informações!
5 – Transferências Bancárias
Se você já tentou organizar alguma viagem, festa, ou evento com seus amigos ou família provavelmente já teve algum problema para organizar o dinheiro de todo mundo. Ainda por cima, quando alguém se oferece pra organizar tudo tem o problema de fazer um DOC/TED para a pessoa.
O mais comum, hoje, no Brasil é que os bancos cobrem uma tarifa quando se realiza uma transferência para outros bancos. Ou então, mesmo quando a cobrança não é feita diretamente, ela provavelmente está inclusa em algum valor mensal que você deve pagar.
Se você se identificou com esse problema eu tenho uma boa notícia pra você: as fintechs chegaram! E continuam chegando!
A talvez primeira fintech de grande sucesso no mundo, o PayPal, pode oferecer uma solução. Lá, é possível que você pague o dinheiro para os seus amigos e familiares sem custo algum, como se você estivesse comprando alguma coisa na internet. A má notícia aqui fica por conta de quem recebe o dinheiro, que é cobrado uma pequena taxa pelo PayPal.
Quer dizer então que não há opções de graça? Bom, calma lá, não é isso.
Aqui no Brasil já temos um exemplo que permite fazer transferências DOC/TED para qualquer banco a um custo zero. Curiosamente, essa instituição não é uma fintech, e sim o Banco Intermedium. Tudo que você precisa fazer é abrir uma conta digital por lá, que é de graça.
Outro exemplo é o aplicativo PicPay. Ele lembra um pouco uma rede social, mas não se engane, é bem mais que isso. Nele, você pode transferir dinheiro para os seus amigos usando cartão de crédito ou boleto bancário sem custo algum! Tudo que é preciso é que você e a outra (outras) pessoa(s) tenha uma conta por lá também.
Por fim, temos um exemplo que ainda é muito incipiente e só possui essa funcionalidade nos EUA por enquanto. Mas que tem um grande potencial. Estamos falando do Facebook.
Isso mesmo, você não leu errado! O Facebook está testando lá na terra do tio Sam a função de transferência de dinheiro pelo seu aplicativo Messenger. Junto com as opções de enviar mensagem de áudio, GIFs e emojis, há uma opção de pedir ou enviar dinheiro.
Ficamos na torcida para que esta função dê certo e chegue logo ao Brasil, fornecendo mais uma opção para aqueles que fazem transferências com frequência.
6 – Transferências Internacionais
As transferências de dinheiro entre países sempre foram complicadas e caras. Seja você uma pessoa que está ajudando alguém lá fora, ou recebendo algum dinheiro de alguém que mora lá fora, é bem provável que já tenha se deparado com os altos custos e complicações desta modalidade.
Sendo uma área com várias barreias a entrada de novos concorrentes, era de se esperar que esta situação ocorresse. Porém, já temos indícios de que a maré está virando.
A grande fintech do momento, que está causando sérios problemas para as instituições que dominam esta área se chama Transferwise.
Basicamente, seus fundadores (que também estavam envolvidos nas origens do Skype!) tiveram uma ideia simples, mas genial. Ao invés de realizar, de fato, as transferências entre países, porque não transferir este dinheiro internamente?
Não entendeu? Explico melhor. Se o João, no Rio de Janeiro, quer fazer uma transferência de dinheiro para Maria, em Miami, o dinheiro não precisa atravessar fronteiras. Basta esperar que uma outra transação no sentido oposto ocorra.
Assim, se logo depois o Jorge, em Nova Iorque quer fazer uma transferência para Margarida, em Curitiba, o dinheiro não precisa sair do Brasil nem dos EUA. Ele pode ser transferido dentro dos próprios países! O que esta fintech faz é exatamente esta intermediação, garantindo que você possa pagar muito pouco para fazer este tipo de transação.
As fintechs estão no radar!
É isso, espero que essa lista tenha te ajudado a conseguir poupar uma graninha a mais ou mesmo a simplificar sua vida financeira de alguma forma.
Falando em simplificar vida financeira, dê uma passada lá no site dos JurosBaixos e saiba mais sobre nossas dicas e o nosso comparador de empréstimos!
Qualquer dúvida ou sugestão não deixe de comentar abaixo! Até a próxima!