O programa de aceleração de startups Darwin Starter realizou ontem (16), na sede do CUBO, o Demo Day que marcou o encerramento do ciclo de atividades Batch #2. Entre as seis empresas que se destacaram no processo e tiveram a oportunidade de fazer pitchs para o público presente, três delas eram fintechs.
Foram os casos da Exchange, que oferece solução inovadora para câmbio e comércio exterior, da Vigius, que trabalha com consolidação e análise de dados de fontes alternativas para apoiar empresas do mercado de scores e seguradoras, e da PagueVeloz, que provê uma plataforma tecnológica de serviços customizados em gestão de pagamentos com foco em pequenas e médias empresas. As outras três startups foram a ePHealth, o Minerador e o Repasse Rápido. Todas as seis empresas que se apresentaram foram consideradas prontas para atrair investidores e têm objetivos claros de crescimento.
Esta etapa do programa de aceleração teve o apoio da Neoway, do programa de inovação Foresee, da B3, do programa MAR, da CNSeg, e do programa Conecta, da RTM. Além do aporte financeiro, essas iniciativas apoiaram as startups com mentoria e acesso a mercados.
Na abertura do evento, o representante da Fundação CERTI, José Eduardo Fiates, reforçou importância do programa, que promove inovação aberta através de acesso das startups a cadeias produtivas, ou seja, uma nova forma de se realizar inovação corporativa. Na sequência, Edson Rigonatti, da Astella Investimentos, fez uma palestra sobre as dificuldades que uma startup enfrenta ao desafiar incumbentes e a forma que as incumbentes tem encontrado para se “defender” deste movimento inevitável e continuo de inovação. “A qualidade do time de uma Startup, o acesso a canais de distribuição e mercado são fatores chave para o sucesso da startup e a atração de investidores”, pontuou.
O FintechLab, que acompanhou e apoiou o processo desde o início, considera que além de comprovar a evolução das empresas, é importante chamar atenção para o modelo adotado pela Darwin Starter e seus parceiros. “O sistema junta as empresas B3, RTM, Neoway e CNSeg em torno do processo de aceleração que também faz parte do programa de inovação de cada uma delas. São c que companhias que, apesar de atuarem em mercados diferentes, se conectam ao ecossistema financeiro. Cada uma delas oferece às startups condições únicas de acesso a mercados, seja como relacionamento, distribuição ou plataforma”, afirma o cofundador do FintechLab, Fábio Gonsalez.
Segundo ele, o modelo reforça, para as empresas que têm urgência em inovar, a necessidade de terem contatos cada vez mais relevantes com as startups e fintechs, “São elas que provocam movimentos em todas as cadeias produtivas, seja por chamar atenção de investidores, por desafiar empresas já estabelecidas, por incentivar o surgimento de centros de inovação, por criar mercados e por permitir cooperação entre empresas de forma mais criativa e produtiva”, conclui.