O Nubank anunciou ontem (7) ter conseguido mais uma importante captação de recursos em sua trajetória consolidada como uma das maiores marcas do fenômeno fintech brasileiro. Desta vez foram R$ 250 milhões e mais significativo do que o valor foi a forma como o dinheiro foi obtido. A empresa recorreu a um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) para financiamento de recebíveis de cartão de crédito e com isso registrou não só a maior securitização de uma fintech na América Latina, como também a maior securitização de um cartão de crédito tradicional no Brasil neste formato.
Em comunicado distribuído à imprensa foi explicado que o Standard & Poor´s Ratings Services atribuiu o rating brAA-(sf) para as cotas sêniores, que foram distribuídas junto à XP Investimentos em uma oferta ICVM 476 (destinada exclusivamente a investidores profissionais). O mercado demonstrou interesse e o resultado foi uma procura duas vezes maior do que a demanda da operação.
“Esse é um passo importante para diversificarmos as nossas fontes de financiamento. Já contamos com o apoio de importantes fundos internacionais, e estamos animados em também acessar o mercado da dívida local”, afirma Gabriel Silva, CFO do Nubank.
Segundo o executivo, o fundo será usado para financiar o portfólio de recebíveis de cartão de crédito da empresa.
Em agosto, o Nubank anunciou outro acordo relacionado ao financiamento de recebíveis, que aumentava a linha de crédito com afiliadas do Goldman Sachs & Co. LLC (“Goldman Sachs”) e do Fortress Investment Group LLC (“Fortress”) para R$ 455 milhões. Em um total de cinco rodadas de investimento, o Nubank já arrecadou quase US$ 180 milhões de grandes fundos como Sequoia Capital, Tiger Global, Founders Fund, Kaszek Ventures, QED Investors e DST Global.