No seminário “FinTech Brasil: Tecnologia e Inovação no Setor Financeiro”, (foto da mesa de abertura/portalCVM) que aconteceu ontem (14) no Rio de Janeiro foi lançado o 4º Grupo de Trabalho do Laboratório de Inovação Financeira (LAB). O órgão contará com representantes da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e terá como um dos seus focos principais de atuação a realização de estudos sobre a viabilidade de implantação de um projeto de Sandbox regulatório nos mercados de capitais, de seguros e previdência.
Os participantes também se dedicarão a avaliações sobre as novas tecnologias financeiras, economia digital, tendências e mecanismos de financiamento alternativos (impactos, oportunidades e desafios) assim como ao desenho da proposta de atuação conjunta nestas áreas.
De acordo com matéria publicada pelo portal da ABDE, o 4º Lab terá o apoio dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, do BNDES, da Susep, da Previc, do Sebrae, B3 e Anbima e contará com a participação de representantes de órgãos governamentais, associações de Fintech, do setor financeiro, reguladores, entre outros.
Informações do portal MobileTime dão conta de que ao todo, serão 40 empresas e entidades envolvidas no projeto que terá sua primeira reunião realizada no dia 24 de janeiro de 2018.
Além do lançamento do 4ºGT Lab, o seminário discutiu, entre outros temas, o papel da regulação financeira no ambiente fintech num painel que teve a apresentação das visões dos reguladores de valores mobiliários do Brasil, México e Argentina.
Na ocasião, segundo notícia publicada no portal da CVM, o diretor da CVM Henrique Machado, lembrou que o relatório da IOSCO de mercados emergentes informa que o uso de tecnologias digitais deve aumentar o PIB em economias emergentes em U$$ 6,3 bilhões e criar 77 milhões de empregos nos próximos 10 anos. “Precisamos regular, na medida do possível, de forma a não estrangular as entradas dessas novas tecnologias”, ressaltou.
O presidente da CVM, Marcelo Barbosa, argumentou que não cabe à CVM dizer ao mercado aonde ir. “Nós temos que garantir que o caminho seja realizado com transparência e esteja assegurada a proteção ao investidor e ao consumidor dos serviços das empresas reguladas pela Autarquia” concluiu.