Os rumores de que o PagSeguro faria um pedido de abertura de capital na Bolsa de Nova York se confirmaram ontem (26) segundo matéria publicada pelo portal Brazil Jornal. A informação surge dando continuidade a uma série de notícias divulgadas em dezembro sobre investimentos, aquisições e fusões que apontam para um ano de grandes movimentações no ecossistema fintech brasileiro em 2018.
A matéria explica que o símbolo da empresa na bolsa americana será PAGS e que a oferta será coordenada por sete bancos: Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America-Merrill Lynch, Citibank, Credit Suisse, Deutsche Bank e JP Morgan.
No prospecto da operação, divulgado pelo blog do Sócio e Fundador da CO.LINK Business Consulting, Edson Santos, o UOL informa que venderá uma parte indeterminada de suas ações na companhia e com isso arrecadará recursos para financiar aquisições e investimentos em negócios e tecnologias.
No documento, o PagSeguro afirma que tinha em setembro 2,45 milhões de clientes ativos, volume que seria mais que o dobro dos 1,2 milhão registrados um ano antes. A companhia processou R$ 24,8 bilhões de transações nos primeiros nove meses deste ano, quase o triplo dos R$ 9,3 bilhões processados no mesmo período de 2016.
Com essa movimentação o lucro líquido foi de R$ 290 milhões nos primeiros nove meses de 2017, contra apenas R$ 90 milhões nos três primeiros trimestres de 2016.
O PagSeguro foi lançado há 11 anos como estratégia para aumentar a segurança dos pagamentos feitos nos sites de ecommerce. Em 2013 a empresa decidiu entrar no mercado de maquinhas POS.
A principal inovação em termos de negócios é a venda do equipamento ao invés do aluguel dos mesmos conforme sempre foi feito pelas empresas tradicionais do setor. No seu documento de apresentação na bolsa americana, a empresa informa que segundo suas pesquisas internas 75% dos comerciantes que possuem os POSs do PagSeguro não aceitavam pagamentos com cartão antes de começar a trabalhar com a empresa.