Apontada tradicionalmente como a maior do país, a taxa de juros cobrada no crédito concedido por meio da modalidade rotativo nos cartões teve uma significativa queda em 2017 como resultado de uma mudança de regras promovida pelo Banco Central. Apesar disso, os especialistas afirmam que ainda há espaço para que ela seja ainda mais reduzida e isto pode acontecer em 2018 como resultado da pressão concorrencial feita pelas fintechs.
É o que apontou em uma reportagem o jornal DCI, com base nas informações do professor da Saint Paul Escola de Negócios, Carlos Honorato. De acordo com ele, a entrada de novas soluções no mercado já iniciou um processo de pressão para uma diminuição ainda mais forte da taxa de juros.
A justificativa do especialista é que as startups financeiras oferecem taxas mais atrativas e soluções inovadoras que ampliam as possibilidades do uso do crédito rotativo para um universo de necessidades que superam sua aplicação tradicional de produto de endividados. Ao perceberem isto os bancos estão se adaptando para não perderem clientes e isto promove a redução das taxas.
Com base nos últimos dados fornecidos pelo Banco Central, o DCI informa que houve uma redução de 161 pontos percentuais no rotativo comparando novembro de 2017 com relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2016 a taxa era de 494,8% ao ano e despencou para 333,8% ao ano no penúltimo mês do ano passado.
Desde abril de 2017 os usuários de cartões que tradicionalmente ficavam por longos períodos pagando apenas o mínimo de suas contas no cartão e usando o crédito rotativo de forma aleatória, estão sendo obrigados a parcelar este resíduo e assim passar a utilizar outra linha de crédito.