A fintech Avante anunciou na semana passada sua entrada no segmento de adquirência por meio de uma parceria com a Moip. Segundo matéria publicada pelo jornal DCI com base em informações da agencia Reuters, a empresa vai operar neste setor com um aplicativo baixado em smartphones que elimina a necessidade de POS’s e outros equipamentos. Trata-se de mais uma iniciativa que vai na direção da expectativa de muitos analistas que apostam na tendência do crescimento das chamadas adquirentes de nicho.
Segundo a reportagem, o foco da Avante estará voltado principalmente para vendedores que movimentam cerca de R$ 800 por mês, que seria um público pouco atrativo para as grandes adquirentes do país. A empresa já desenvolve um relacionamento com este público por meio de sua atividade de financiamento a microeemprendimentos. O produto é oferecido desde 2015 quando a fintech foi criada e a operação comercial se concentra principalmente nos Estados do Maranhão, Ceará, Penambuco e Paraíba. Para estar em contato com esses clientes, a empresa conta com uma estrutura composta por 150 agentes que se deslocam de moto para atender 120 municípios.
O fundador e presidente da Avante, Bernardo Bonjean afirma que a empresa está focando em regiões subatendidas pela rede bancária e que a venda do aplicativo de adquirência vai acelerar a base de clientes.
A meta da Avante é saltar dos 25 mil clientes no ano passado para chegar a 180 mil em 2018. A médio prazo, os planos são ainda mais ambiciosos. Segundo a reportagem do DCI a empresa pretende multiplicar sua base de clientes por 40 até 2021 chegando a 1 milhão.
O texto informa ainda que o modelo de negócio da empresa foi desenvolvido com outros sócios experientes no relacionamento com públicos das classes C e D, como a família Klein, fundadora da Casas Bahia, a Omni Financeira e o banco mexicano Gentera.