A definição sobre a possibilidade de os fundos de investimentos trabalharem com criptomoedas deve ter o próximo lance acontecendo provavelmente até o final do mês de março. Segundo reportagem publicada pelo portal Convergência Digital, este teria sido o prazo estipulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para emitir orientações complementares ao comunicado distribuído no dia 12 de janeiro, quando afirmou que este tipo de operação não é permitida.
A notícia se baseia em entrevista concedida pelo superintendente de relações com investidores institucionais da CVM, Daniel Maeda à agência Reuters. Na conversa ele teria informado que entre os caminhos possíveis para ser adotado um deles seria a autarquia considerar que os riscos das criptomoedas sejam inoportunos para o mercado de fundos. Outra abordagem possível seria a Comissão chegar á conclusão de que o desenvolvimento deste tipo de investimento seria possível mediante algumas restrições. No caso de uma escolha por ajustes na regulamentação, haveria a necessidade de um prazo maior já que as propostas teriam que ser avaliadas de acordo com os trâmites da CVM que estabelecem inclusive a exigência de audiências públicas.
Maeda lembrou que este tipo de discussão sobre criptomoedas está acontecendo em todo o mundo e as decisões tem sido tomadas para ambos os lados. Ele citou os exemplos do Canadá e da Austrália que estariam mais abertos à permissão enquanto China e Coreia do Sul têm se manifestado pela proibição. Os EUA ainda não deixaram claro sua posição.
Enquanto isso, uma reportagem publicada pelo portal G1 traz a opinião de um representante do Banco Central da Alemanha de que qualquer decisão sobre este tipo de investimento deve ser tomada em âmbito global já que as legislações nacionais não seriam obedecidas por uma comunidade virtual e sem fronteiras.