Cerca de 50 pessoas representando órgãos dos mais diversos segmentos participaram, na semana passada da primeira reunião do Grupo de Trabalho criado especificamente para atuar no apoio ao desenvolvimento das fintechs (GT Fintechs) no âmbito do Laboratório de Inovação Financeira (Lab), iniciativa que reúne a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O GT Fintech foi lançado dezembro de 2017, no Seminário “Brasil Fintech – Tecnologia e Inovação no Setor Financeiro” promovido pelas instituições fundadoras do Lab e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com o apoio do Sebrae.
De acordo com nota publicada no portal da ABDE, no encontro de inauguração dos trabalhos, o gerente de Desenvolvimento Profissional da ABDE, Luiz Claudio Reis, comentou que o Brasil está ingressando numa era em que a inovação é muito importante. “As fintechs têm um papel importante para o desenvolvimento do país”, disse.
Já Luciano Schweizer, especialista líder da Divisão de Instituições Financeiras e Mercado de Capitais do BID declarou que “chegamos ao momento em que o desenvolvimento do país necessita de novos instrumentos para que possamos fazer frente aos processos. Com o laboratório, pretendemos trazer e ensaiar práticas de inovação e de competitividade”.
As discussões feitas no GT buscam encontrar soluções que sejam boas para o país, utilizando ferramentas que tragam inovação aos processos e criando um diálogo entre as instituições para que haja um crescimento. O superintendente da CVM, José Alexandre Vasco, destacou a importância dos parceiros nesse processo de inovação. “É importante ressaltar que pelos parceiros reunidos aqui, temos um grande potencial em transformar essas discussões em propostas concretas, tendo um impacto positivo no cenário do desenvolvimento da inovação das fintechs no Brasil”, avaliou.
O GT Fintechs conta com a participação de representantes de órgãos governamentais, das associações de Fintech, do setor financeiro, dos reguladores, entre outros. O colegiado terá dois focos de atuação principal sendo um deles a realização de estudos e avaliações sobre as novas tecnologias financeiras, economia digital e tendências além de mecanismos de financiamento alternativos (impactos, oportunidades e desafios)
O outro objetivo será o desenho da proposta de atuação conjunta em tecnologias financeiras, economia digital e mecanismos de financiamento alternativos (regras de governança, membros, serviços oferecidos etc.), incluindo estudo sobre a viabilidade de implantação de um projeto de sandbox regulatório nos mercados de capitais, de seguros e de previdência.
A lista de órgãos e entidade que fazem parte do Grupo é composta por ABDE, ABFintech, ABStartups, AgeRio, Anbima, Anjos do Brasil, ANPROTEC, B3, Banco Central, Banco do Brasil, Bandes, BDMG, BID, BNDES, Bradesco, BRDE, Caixa, Camara-e.net, Conexão Fintech, Cubo Digital , CVM, Desenvolve SP, Endeavor, EQUITY Associação Brasileira de Equity Crowdfunding, Febraban, Finep, MCTI, Ministério da Cultura, Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, NXTP, Previc, Sebrae, e Susep.
Próxima reunião está agendada para a 2ª semana de maio de 2018.