Com base na experiência da Creditas, o jornal francês Les Echos, o mais tradicional veículo de economia e negócios do país, classificou o Brasil como ‘Um paraíso para as fintechs’. Em sua edição de terça-feira (13), a publicação contou a história do empreendedor Sérgio Fúrio, que fundou a startup de crédito há cinco anos.
A prática de altas taxas de juros pelas instituições financeiras tradicionais foi utilizada como o principal argumento pelo veículo para atribuir esta classificação ao ecossistema fintech brasileiro. A conclusão é que, apesar de ser um problema para a economia do país, esse alto custo cobrado de forma tradicional na concessão de crédito acaba se transformando numa grande oportunidade para projetos inovadores.
Para comprovar este entendimento, no texto, o Les Echos afirma que o número de fintechs ‘explodiu no Brasil’ nos últimos dois anos chegando perto de 300 iniciativas. Apesar disso, o texto aponta como um problema das startups do país o fato delas ainda não serem reconhecidos como instituições financeiras por direito próprio pelo Banco Central.
A matéria informa que essas empresas ainda são reconhecidas como simples correspondentes bancários, mas ressalta que esta situação pode mudar em breve. “O Banco Central vem trabalhando há vários meses em uma forma de regulação do crédito concedido por meio de fintechs como a Creditas e também para plataformas P2P. Para alguns, esta seria uma verdadeira declaração de independência, mas o BCB não especificou quando este regulamento deverá entrar em vigor”, diz o texto.
Enquanto isso, o jornal registra que no ano passado a Creditas teve cerca de 60 milhões de euros em ativos e anunciou um aumento de sete vezes em seus negócios. “E isso é apenas o começo. Em três anos, queremos crescer ainda mais e nos tornarmos 30 vezes maiores“, teria dito Sergio Furio ao Les Echos.