Não faz muito tempo que uma das perguntas mais frequentes no ecossistema fintech brasileiro era sobre quando o país teria seu primeiro unicórnio, termo utilizado para se referir a startups que alcançam avaliação acima de US$ 1 bilhão. Enquanto muitos achavam que esta era uma realidade distante, surgiu o primeiro caso, depois o segundo e desde ontem (1) é possível afirmar que o Brasil já conta com um trio deste tipo de empresas. O Nubank é o mais novo membro do clube que já contava com a 99 e o PagSeguro.
A fintech emissora de cartões de crédito anunciou ter recebido mais US$ 150 milhões em novo aporte. O investimento é liderado pelo DST Global e conta com a participação do Founders Fund, Redpoint Ventures, Ribbit Capital e QED, todos já eram investidores da instituição além dos novos entrantes Dragoneer Investment Group e Thrive Capital.
Desde sua fundação em 2013 o Nubank já captou ao todo quase US$ 330 milhões em seis rodadas de investimento. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo o fundador e CEO da companhia, David Vélez, explicou que o objetivo da nova captação é garantir alavancagem financeira para suportar o acelerado crescimento da instituição. Segundo ele, em menos de quatro anos, mais de 13 milhões de brasileiros quiseram se tornar clientes do Nubank.
Vélez disse ao jornal que o Nubank chegou ao valor de US$ 1 bilhão antes da rodada de investimentos. Enquanto isso o Managing Partner da DST Global, Tom Stafford declarou que o Nubank é uma das fintechs mais inovadoras do mundo.
Os companheiros do Nubank no trio de US$ 1 bilhão também anunciaram grandes movimentações e investimentos recentemente. A 99 foi comprada pela chinesa Didi por US$ 600 milhões, e o PagSeguro abriu capital na Bolsa de Valores de Nova Iorque.