Em uma entrevista para os Diários Associados, publicada pelo jornal Correio Braziliense, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, declarou que a intenção do órgão é regular as fintechs somente quando esta medida for absolutamente necessária. De acordo com ele, o órgão regulador tem como objetivo criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento das novas empresas e atuar definindo regras apenas no momento em que for requisitado.
“Queremos deixar as inovações saírem, permitir que elas acontecerem, para depois vir a regulação e não o contrário. A ideia é que a regulação venha a reboque”, disse. Ilan citou como modelo o processo que está sendo executado em relação às fintechs de crédito, setor no qual a proposta de regulação se encontra em fase de consulta pública.
Ao abordar a questão da concentração bancária no país, Ilan disse que existe uma disposição do BC de incentivar a concorrência. “Estamos fazendo quase todos os nossos regulamentos e normas baseados nisso e as fintechs também podem ser um novo vetor de competição nesse processo”, declarou.
Outro assunto abordado foi a questão da liquidação de operações de pagamentos com cartões centralizada na CIP. Segundo a reportagem, neste quesito o presidente do Banco Central foi taxativo ao afirmar que não haverá mais adiamento em relação ao prazo para integração dos marketplaces e subadquirentes neste sistema. “Agora é uma questão de adaptação. A centralização entrou em novembro de 2017 e foi bem-sucedida. No começo, houve ruídos iniciais normais, mas depois engrenou”, disse.