O Banco Central lançou oficialmente ontem (9) em Brasília o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift). Fruto de uma iniciativa da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) com a coordenação do BC e apoiada por empresas de tecnologia e especialistas, o órgão funcionará como uma espécie de pré-incubadora de projetos.
A diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, explicou em uma matéria publicada pela Agência Brasil que startups, estudantes universitários, pequenas empresas de tecnologia, ou qualquer pessoa interessada em inovação podem entrar no site do Lift e propor um plano de negócio, a partir de uma lista de temas e de tecnologias, previamente definidos pela coordenação do Comitê de Gestão do Lift.
De acordo com ela, os projetos devem estar alinhados com a Agenda BC+, formada por medidas para tornar o crédito mais barato, aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente.
“Uma vez aprovada a ideia apresentada, as tecnologias necessárias ao seu desenvolvimento serão providas pelas empresas de tecnologia de informação que são nossas parceiras no Laboratório de Inovações. O desenvolvimento dos protótipos será acompanhado por servidores do Banco Central”, disse Assis Barros.
Na reportagem, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que as inovações financeiras têm enorme potencial de geração de valor à sociedade brasileira. “O Brasil é um dos pioneiros no uso de tecnologia para o aumento da inclusão financeira. Nesse contexto, o Lift pode ser uma oportunidade importante para proposição de soluções que se traduzam em ampliação da inclusão financeira e, consequentemente, do desenvolvimento econômico e financeiro do país”, destacou.
Outro exemplo, acrescentou Goldfajn, são as tecnologias para a redução do uso de papel moeda. “Temos acompanhado debates e a evolução de iniciativas em nível internacional, buscando consolidar e aprofundar a compreensão sobre o tema”, disse.
“Há um universo enorme a ser explorado e as empresas financeiras apoiadas em soluções tecnológicas, as fintechs, moldarão cada vez mais o modo de concorrência no sistema financeiro”, afirmou.