Dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), indicam que somente no segundo trimestre de 2017 mais de 13 bilhões de pontos foram expiradas, o que representa 18,8% do total de milhas disponíveis neste período. Com o objetivo de atrair justamente os portadores destes ativos que não tem planos para sua utilização, a startup Bitmilhas proporciona a eles a chance de investir estas milhas em Bitcoins.
Em operação desde 2017, a plataforma foi recentemente remodelada com o intuito de proporcionar maior transparência e praticidade no procedimento de troca de milhas por bitcoins. O processo é totalmente on-line e o usuário realiza a compra diretamente pelo site. Para isso, basta efetuar o cadastro, realizar a cotação e enviar o pedido informando os dados de acesso do programa de milhagem.
Após o pedido aprovado, os bitcoins são transferidos para a carteira do cliente e liberados para transferência de acordo com o uso das milhas. O processo de liberação demora até 21 dias, podendo ser inferior, pois a empresa também libera o resgate de forma proporcional à utilização das milhas neste período. Uma das vantagens apontadas pela empresa é que o valor do bitcoin é garantido no momento do pedido, ou seja, é como se o cliente realizasse o hedge dessa operação.
“Apesar do modelo de negócio de compra e venda de milhas aéreas já ser bem difundido em nosso país, ainda há espaço para inovar. A adoção do bitcoin como forma de pagamento é o grande desafio, pois existem diversas variáveis nesta operação como, por exemplo, o prazo de aprovação de um pedido versus a volatilidade do bitcoin”, explica o fundador e CEO do Bitmilhas, Rafael Lima.
Atualmente a empresa trabalha com milhas dos programas Multiplus (Latam), Smiles (Gol), Tudo Azul (Azul) e Amigo (Avianca). Clientes que possuem pontos ou milhas adquiridas através do uso do cartão de crédito, podem transferi-las para qualquer um dos programas indicados acima.