No final da semana passada, a fintech Bom Pra Crédito anunciou ter recebido um aporte de R$ 22 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo fundo Innova Capital, que teve a participação também da Astella Investimentos e do investidor Ricardo Loureiro. Segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico, a transação se enquadra no conceito Série A, que se aplica a empresas consideradas ainda em fase inicial de desenvolvimento.
A matéria afirma que os recursos recebidos serão investidos principalmente em marketing, no aumento da base de clientes, em tecnologia e em novos funcionários, a fim de melhorar a experiência do usuário na plataforma.
A Bom Pra Crédito possui mais de 5 milhões de usuários cadastrados e informa já ter intermediado cerca de R$ 300 milhões de empréstimos atuando em parceria com mais de 30 empresas como Bradesco, Sofisa, CCBS e Losango.
O presidente da Bom Pra Crédito, Ricardo Kalichsztein, explicou na reportagem que essa injeção de recursos proporcionará a oferta de novos produtos como cartões de crédito.
O executivo comentou ainda que a operação da companhia tem como base a possibilidade de juntar num mesmo ambiente dados relevantes de várias marcas para auxiliar os usuários na tomada de decisão sobre o produto a escolher. Este modelo, segundo ele, beneficia tanto os consumidores finais quanto as empresas que concedem crédito. Desta forma, sua opinião é de que não faria sentido para a fintech passar a conceder crédito com recursos próprios.
Com base neste raciocínio, ele disse ao Valor acreditar que o caminho natural é a empresa tornar-se uma Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), de acordo com os formatos regulamentados pelo Banco Central recentemente.