Com o objetivo de aproximar ainda mais o banco público da população, a nova direção da Caixa Econômica Federal tem como uma de suas metas a criação de uma nova empresa ligada à instituição para operar diretamente no mercado de microcrédito. A intenção é que o novo empreendimento tenha parceiros da iniciativa privada, seja organizado com forte suporte de tecnologia e não trabalhe por meio de agências.
Essas diretrizes foram apresentadas no discurso de posse do novo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães no início da semana. Segundo ele, o microcrédito será um dos sete principais eixos da instituição, sendo que os outros seis são: meritocracia, controle de custos, melhorar as operações de crédito, financiamento de obras de infraestrutura, concentrar ações nos diversos estados e a monetização de ativos. Ele disse também que está sendo cogitado uma parceria com o Banco do Brasil para operar o microcrédito.
Segundo reportagem da Agência Brasil, o executivo declarou que as pessoas de baixa renda que querem obter empréstimos esbarram em taxas de juros de mais de 10%. “Por que não temos bancos emprestando para pessoas carentes a 2% [de taxa de juros]? Por que não podemos construir uma operação de 30 milhões de pessoas?”, disse Guimarães, em referência a experiências nesta área em outros países, como Bangladesh. Segundo ele, neste país há um programa específico para baixa renda e que reúne 28 milhões de clientes.
O novo titular da Caixa apontou como referência de microcrédito no país o Banco do Nordeste (BNB) e informou que está em diálogo com a instituição.
Quinta maior instituição bancária do mundo, a Caixa Econômica possui mais de 93 milhões de clientes, é responsável por diversas operações envolvendo o Executivo Federal, como a gestão das contas do FGTS, da Previdência Social e de outros benefícios, como Bolsa Família, assim como é responsável pela promoção de financiamentos na área imobiliária, por meio de financiamentos e via programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.