Um relatório desenvolvido a pedido da Rainha Máxima dos Países Baixos, que é Advogada Especial do Secretário-Geral da ONU para o Financiamento Inclusivo para o Desenvolvimento (UNSGSA), concluiu que o uso de sandboxes regulatórios, instrumento que tem se revelado uma tendência na busca pela regulamentação da atividade fintech nos países desenvolvidos, pode se revelar inadequado quando aplicado a nações em desenvolvimento e com grandes populações desbancarizadas.
O estudo: ‘Early Lessons on Regulatory Innovations for Enable Inclusive Fintech: Innovation Offices, Sandboxes Regulatory, e Regtech’, foi produzido pelo Grupo de Trabalho Fintech do UNSGSA, em parceria com o Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (CCAF) e com o apoio da Autoridade Monetária de Singapura (MAS).
Ele enfatiza o potencial das fintechs de acelerar um aumento significativo na inclusão financeira de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo que não têm uma conta bancária por meio de pagamentos móveis, empréstimos P2P, pontuação de crédito alternativa e novas formas de poupança e seguro.
Segundo reportagem publicada pelo portal Finextra, o documento afirma que as lições aprendidas com sandboxes regulatórios não são necessárias nem suficientes para promover a inclusão financeira. “A experiência mostra que a maioria das questões regulamentares levantadas em relação aos testes de simulação pode ser eficazmente resolvida sem um ambiente de testes ao vivo. Resultados semelhantes podem ser mais acessíveis através de escritórios de inovação e outras ferramentas “, diz o texto.
Os autores encorajam os reguladores a serem ágeis e abertos à medida que inovam e criam iniciativas, envolvendo-se com uma ampla gama de partes interessadas e realizando pequenos experimentos.
“Este relatório chega em um momento chave em que a tecnologia financeira nos deu uma oportunidade sem precedentes para trazer mais pessoas para o sistema financeiro formal”, conclui a Rainha Máxima dos Países Baixos.