“Com sua vibrante comunidade fintech, o Brasil é o próximo passo lógico dentro da estratégia de expansão do N26 com o objetivo de atingir mais de 100 milhões de clientes em todo o mundo nos próximos anos”. Essa é a afirmação com a qual o banco digital alemão justifica sua decisão de iniciar sua operação brasileira na primeira semana de março.
Trata-se da segunda investida da instituição fora da Europa. A primeira aconteceu também recentemente e foi nos Estados Unidos, onde a instituição já anunciou que começará a atuar inicialmente por meio de uma parceria já que ainda não possui uma licença bancária naquele país.
A aceleração do processo de globalização da marca está diretamente relacionada ao aporte recebido pela instituição em janeiro, que foi considerada a maior rodada de financiamento de private equity para uma fintech na Europa nos últimos anos. A transação rendeu US $ 300 milhões que somados às rodadas anteriores supera a marca de US $ 500 milhões aplicados por alguns dos maiores investidores do mundo como Insight Ventures, GIC, Tencent, Allianz X, Valar Ventures de Peter Thiel, Li Ka-Shing Horizons Ventures, Earlybird Venture Capital, Redalpine Ventures e Greyhound Capital.
Desde o lançamento de seu primeiro produto em janeiro de 2015, N26 processou mais de 20 bilhões de Euros em volume de transações e seus clientes atualmente detêm mais de 1 bilhão de Euros em contas N26. O banco opera em 24 países na zona do Euro.
Para liderar a unidade brasileira, o N26 nomeou o ex-Cielo e Santander, Eduardo Prota como gerente geral de mercado. Em comunicado enviado à imprensa a fintech ressalta também o desempenho do executivo como cofundador da startup Trips, da qual ele foi responsável pelo lançamento das operações em 13 mercados na América Latina, na Ásia e nos EUA. A empresa atingiu 150 funcionários e 500.000 usuários em um ano e meio.
“Milhões de pessoas no Brasil estão sofrendo com más experiências bancárias e altas taxas”, diz Prota. “Acreditamos que o gerenciamento de dinheiro não deve ser uma experiência demorada e frustrante. O N26 foi projetado para simplificar os serviços bancários e capacitará as pessoas no Brasil para assumirem o controle de suas finanças,” conclui.