Uma pesquisa feita pelo Fintechlab com as empresas que fazem parte da 8ªedição do Radar Fitechlab revelou que, sob o ponto de vista do planejamento estratégico, 72% das iniciativas se encontram, de acordo com seus próprios líderes, no estágio de tração, ou seja: O projeto já passou pelas fases iniciais de desenvolvimento, aprendizado e ajustes. Agora busca escalabilidade. Enquanto isso, 22% dos participantes afirmaram que, apesar de estar operando, o projeto ainda conta com poucos clientes efetivos.
Quando a indagação foi a respeito da situação financeira da empresa, a escolha de 46% foi pela expressão ‘cash burn’, usada para descrever o estágio no qual uma empresa, embora em pleno funcionamento e com grande potencial de desenvolvimento, ainda gasta mais do que fatura.
À mesma pergunta, 32% dos diretores de fintechs disseram que suas respectivas companhias já estão dando resultados financeiros positivos e 22% informaram que a posição atual é de Breakeven, ou seja: equilíbrio entre despesas e receitas.
Para o co-fundador do Fintechlab, Fábio Gonzalez, a pesquisa tem o mérito de apresentar a realidade do setor. “Trata-se de mais uma demonstração de maturidade dos empreendedores que mesmo diante da chamada Tempestade Perfeita com notícias positivas vindas de inúmeros lados, ainda demonstram ter plena consciência de onde estão e o que precisam fazer para chegar onde querem”, diz.
No quesito investimento recebido, as empresas participantes do Radar Fintechlab mostraram um elevado nível de resiliência uma vez que 56% delas começaram a operar com base em capital próprio dos seus sócios e mesmo depois de funcionando, 49% nunca tiveram qualquer rodada adicional de investimentos.
Enquanto isso 22% recebeu injeção de capital anjo no início do projeto e 17% contou com o suporte de Venture Capital. Entre as empresas que receberam injeção de recursos adicionais, 25% foram de Pré-Série A e 17% de Série A. Enquanto isso, apenas 2% foram premiadas com aportes além deste patamar.
Finalmente, a pesquisa do Radar Fintechlab revelou que 46% das empresas não participou de qualquer programa de aceleração e 82% não tem qualquer tipo de operação fora do país.
O questionário foi enviado a toda a base de fintechs participantes do Radar Fintechlab na versão 2019 com um percentual de participação de 12% do total.