A CB Insights, em parceria com a Mastercard Start Path, divulgou na semana passada um relatório com as cinco principais tendências globais para as startups financeiras. Intitulado “As Fintechs em 2020: cinco tendências globais a serem observadas” o documento examina a América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico, América Latina e Caribe (LAC) e Oriente Médio e África.
Especialmente para a região da América Latina e Caribe, o documento afirma que as fintechs emergentes estão transformando a maneira como os consumidores e as pequenas e médias empresas da região acessam empréstimos. Segundo os organizadores do estudo, as fintechs estão conseguindo auxiliar um público que estava subatendido há muito tempo, tornando a região um ponto focal para métodos inovadores de financiamento.
Entre essas novas empresas da região o relatório destaca a brasileira Creditas, com financiamento divulgado de US$ 312 milhões. A análise também cita a Credijusto, do México, com US$ 152 milhões em financiamento divulgado e que afirma ter originado mais de US$ 70 milhões em empréstimos a partir de março de 2019. Uma startup menor é a Sempli, da Colômbia, que divulgou financiamentos de US$ 17 milhões.
Segundo os responsáveis, mesmo com esforços regulatórios fragmentados evoluindo em ritmos diferentes, alguns mercados permanecem proativos quando comparados a outros. Por exemplo, em março de 2018 o México promulgou a Lei das Fintechs que concede às empresas legitimidade e diretrizes. Em abril de 2018, os novos regulamentos brasileiros passaram a permitir que as Fintechs forneçam serviços de empréstimos entre pares (P2P). Enquanto 45% dos empresários de Fintechs da LAC consideraram a regulamentação atual como “muito solta” ou inexistente em uma pesquisa de 2018 do Banco Internacional de Desenvolvimento e da Finnovista, os investidores ainda enxergam oportunidades.
Entre os principais investidores de 2019 estão a argentina Kaszek Ventures e a brasileira Monashees, juntamente com as americanas Goldman Sachs, QED Investors, e Redpoint Ventures, e a japonesa Softbank, que anunciou em 2019 um fundo de tecnologia de US$ 5 bilhões focado na América Latina e Caribe.