A última edição do Fórum Econômico Mundial (WEF) encerrada no final da semana passada trouxe como uma de suas principais ações o lançamento de um consórcio global para governança da moeda digital. O organismo reúne empresas de tecnologia, instituições financeiras, governos, especialistas técnicos e ONGs.
Segundo uma reportagem sobre o assunto publicada pelo portal Finextra, a motivação para a iniciativa foi a luta pela construção de um sistema regulatório adequado e integrado. A publicação afirma que o novo consórcio visa enfrentar o desafio com uma abordagem internacional de múltiplas partes interessadas, envolvendo os setores público e privado.
A entidade procurará encontrar maneiras de lidar com um sistema regulatório fragmentado, focando na eficiência, velocidade, interoperabilidade, inclusão e transparência. O objetivo dos parceiros envolvidos é projetar um conjunto de princípios orientadores para apoiar os atores públicos e privados que trabalham para liberar o potencial das moedas digitais.
O governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, afirmou que é fundamental que qualquer estrutura sobre moedas digitais garanta segurança, eficiência e legitimidade dos pagamentos, assegurando uma concorrência justa e aberta.
“Congratulamo-nos com a plataforma do Fórum Econômico Mundial para ajudar a desenvolver uma estrutura de governança robusta para inclusão por meio de moedas digitais,” disse.
Já David Marcus, diretor da Calibra, do Facebook, membro do Conselho Libra, afirmou que a organização concorda que uma boa regulamentação é importante para o sucesso e a adoção segura de plataformas de moeda digital e espera continuar participando dessa conversa construtiva.