A fintech Trigg, que atua por meio de um cartão de crédito focado no modelo cashback, acaba de anunciar que foi adquirida pelo fundo Vector, pertencente ao grupo financeiro Omni. Embora o valor da transação não tenha sido relevado, uma reportagem publicada pela revista Exame afirma, baseada em fontes do mercado, que o negócio girou em torno de R$250 milhões.
De acordo com a matéria, a Trigg acumula cerca de 4 milhões de solicitações de cartões de crédito e, no ano passado, superou a marca de R$ 1 bilhão transacionados desde a sua fundação.
O interesse do fundo também foi motivado por recentes estudos feitos por uma consultoria. O trabalho teria mostrado que o gasto médio com os cartões da Trigg seriam 54% maior do que de outros bancos digitais e o número de transações em média, 33% maior do que o dos concorrentes.
No início de 2019 a Trigg havia anunciado que seus clientes que são usuários de cartões com tecnologia de pagamento por aproximação já podiam utilizar o plástico para pagar diretamente nas catracas do metrô do Rio de Janeiro. A empresa também emitiu catões personalizados com super-heróis por meio de uma parceria com o site Omelete, que a aproximou da Warner. Outra inovação foi a oferta de um plano de saúde para gatos e cachorros que é descontado diretamente do cartão.
Na reportagem, a Head da Trigg, Marcela Miranda (foto) comenta que a fintech estava inicialmente procurando o apoio de um fundo de investimento para acelerar o crescimento, mas a Omni, que já era sócia da empresa, fez a proposta para adquirir 100% que acabou sendo aceita após cerca de quatro meses de negociação.
Com a aquisição, os sócio-fundadores Marcela, Guilherme Müller e Alexandre Pereira deixam a companhia para se dedicarem à holding Seastorm, de onde nasceu a Trigg.