Um estudo publicado no final de abril na Europa revelou que 66% das pessoas acreditam que as criptomoedas ainda existirão daqui a dez anos. Este resultado significa um crescimento de 3% em relação a março de 2019, demonstrando que a confiança neste tipo de ativo continua a crescer, apesar do efeito paralisante do coronavírus no cenário econômico global.
O estudo foi realizado pela bitFlyer Europe, o braço europeu da maior bolsa de bitcoins do mundo em volumes de negociação. Foram entrevistadas 10 mil pessoas em 10 países europeus durante o mês de março, quando o velho continente enfrentava uma das fases mais duras da pandemia, tornando instáveis os valores tanto dos ativos tradicionais quanto dos novos.
Além de perguntar aos entrevistados se eles acreditam que o bitcoin ainda existirá, o estudo também se aprofundou para descobrir como os consumidores pensam que os casos de uso reais do bitcoin serão no futuro e como as criptomoedas solidificarão seu lugar no respectivo mercado.
O resultado obtido foi que os europeus não sabem ao certo como as criptomoedas podem ser utilizadas no futuro, apesar da confiança em sua existência.
Em nota enviada à imprensa o COO da bitFlyer Europe, Andy Bryant, considerou agradáveis os resultados que indicam uma progressão lenta, mas constante, das criptomoedas para a consciência dominante. “Embora possamos considerar isso uma conquista para as moedas digitais, apesar dos tempos econômicos desafiadores que estamos enfrentando, também vale a pena considerar que isso pode ser parcialmente devido a esses tempos”, acrescentou.
Ele argumentou ser interessante constar que países como a Itália, que foram duramente atingidos pela crise do COVID-19, estão expressando mais fé do que nunca nas criptomoedas.
“À medida que as pessoas enfrentam dificuldades econômicas, podemos esperar que as populações busquem alternativas aos sistemas financeiros tradicionais. Este é um momento importante para a indústria de criptografia demonstrar como as criptomoedas e os conceitos associados, como finanças descentralizadas, podem oferecer alternativas atraentes ou até substitutos para modelos econômicos existentes, à medida que enfrentamos tempos financeiros sem precedentes em todo o mundo e procuramos novas soluções”, finalizou.