O Sebrae-SP anunciou ontem (20) ter fechado uma parceria com as fintechs BizCapital e Nexoos com o objetivo de viabilizar o Programa de Crédito Retomada, uma iniciativa focada em agilizar a oferta de recursos para empresas que buscam financiamento nesse período de pandemia.
De acordo com nota enviada à imprensa, o programa prevê condições facilitadas, com carência de seis meses, prazo de pagamento de até quatro anos e taxas de juros que variam de zero a 0,7% ao mês.
Criado para ajudar o pequeno empreendedor na superação dos impactos causados pela crise da Covid-19, a expectativa é atender, na primeira fase, cerca de três mil empresas, com desembolso total de R$ 50 milhões. Todo o processo de solicitação do empréstimo é feito online, sem burocracia e sem exigências de bens ou imóveis como garantias.
A operação do Programa de Crédito Retomada será feita pelas fintechs e o Sebrae-SP vai atuar como orientador. Todos os participantes do programa serão acompanhados por especialistas, por meio de consultorias individuais e encontros coletivos remotos. “Vamos agregar todo o nosso conhecimento em educação empreendedora para avaliar o uso do crédito e ajudar na busca de soluções para a sobrevivência e evolução do negócio”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit.
O programa é voltado para os Microempreendedores Individuais (MEI), Produtores Rurais e Microempresas (ME) com sede no estado de São Paulo, criadas há mais de 12 meses, e com necessidades de recursos para amortecer os impactos da crise.
Os MEI e Produtores Rurais terão acesso a até R$ 20 mil, com juro zero. Já as Microempresas terão um limite de até R$ 60 mil com taxas de 0,35% a 0,7% ao mês. O pagamento terá carência de seis meses. No total, o empreendedor terá de 36 a 48 meses para quitar o valor emprestado.
Além da parceria com as fintechs, o programa prevê a participação das adquirentes, maquininhas de cartão de crédito, na concessão dos empréstimos, aproveitando a capilaridade e o relacionamento com os pequenos negócios.
O valor poderá ser usado para capital de giro, pagamento de salários atrasados, de contratos e aluguel, dentre outras necessidades atreladas ao negócio do pequeno empreendedor. O crédito será liberado em duas parcelas e, será necessário comprovar o uso dos recursos no próprio negócio.