O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu na sexta-feira (27) adiar o início do cronograma de implementação do open banking para 1º de fevereiro de 2021. O prazo para a primeira etapa acabaria hoje (30).
A etapa final do open banking, que envolveria o compartilhamento de dados sobre produtos e serviços pelas instituições financeiras, passou de 25 de outubro de 2021 para 15 de dezembro do mesmo ano.
De acordo com um matéria veiculada pela Agência Brasil, o BC informou que o adiamento ocorreu porque o combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) impactou as mudanças tecnológicas necessárias nas instituições financeiras. Um dos exemplos citados foi a Caixa, que durante a pandemia, teve que se adaptar ao pagamento do auxílio emergencial. Além disso o órgão mencionou que outras instituições financeiras tiveram de implementar o Pix, novo sistema instantâneo de pagamentos, o novo registro de recebíveis de cartão e a duplicata escritural.
Segundo uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo na semana passada, a possibilidade do adiamento já era alvo de polêmica entre os bancos tradicionais e as fintechs.
A reportagem informava que os bancos, liderados pela Febraban, pediram o adiamento enquanto as fintechs, representadas pela ABFintechs e pela Associação Brasileira de Crédito Digital, questionaram a iniciativa.
As startups financeiras defendiam a tese de que os bancos não terão que fazer grandes adaptações e queriam o lançamento do sistema o mais rápido possível.
A notícia dava conta de que o Banco Central confirmava ter recebido o pedido dos bancos e que o assunto estava em análise.