O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, na sessão de julgamento de ontem (16), a aquisição, pela STNE Participações, que pertence ao Grupo Stone, da totalidade das atividades da Linx. Em sua decisão final o Tribunal deu aval à operação em definitivo e sem restrições.
O caso havia sido avaliado pela primeira vez em março deste ano, quando a Superintendência-Geral do Cade também havia aprovado a operação sem restrições. Apesar disso, um grupo de empresas formado por marcas como Adyen do Brasil, Banco Safra e Cielo, que haviam se habilitado como terceiras interessadas no ato de concentração, apresentaram recursos contra a decisão. O caso, então, foi levado à apreciação do Tribunal do Conselho, sob a relatoria do conselheiro Sérgio Ravagnani.
Em comunicado à imprensa o Cade informa que a STNE Participações e o Grupo Stone prestam serviços de pagamentos, incluindo o desenvolvimento de estrutura tecnológica para captura, transmissão e processamento de dados e liquidação de transações. Além disso, atuam nos segmentos de adquirência, serviços de gateway on-line, softwares de gestão empresarial, crédito, transferência eletrônica de fundos e serviços de entrega rápida com ênfase maior no setor de varejo.
Já a Linx é uma empresa brasileira de tecnologia baseada em nuvem e tem como foco a oferta de software de gestão empresarial, por meio do modelo de negócio de software como serviço (software-as-a-service – SaaS).
O portal Mobile Time informa que os acionistas da Linx aprovaram a venda da companhia para a Stone por R$ 6,7 bilhões em outubro do ano passado, com 55% votos a favor e 20% contra. Segundo o veículo, na época a organização compradora mencionou como sinergia com a empresa de software a possibilidade de ofertar soluções de pagamento para os 70 mil clientes da Linx.