Tendo como principais características o fato de já nascerem 100% digitais e não possuírem redes de agências próprias, os chamados neobanks tem crescido exponencialmente no mundo todo. Em 2018 havia 60 instituições. Já em 2020 eles somavam 256 marcas. Neste universo, a América Latina concentra 50 instituições ativas, o que representa 19,5% do total sendo que o Brasil ocupa a quinta posição no ranking global, ficando atrás do Reino Unido, Coréia do Sul, Suécia e França.
As informações são de uma pesquisa realizada pela Exton Consulting, empresa especializada em estratégia e gestão de serviços financeiros. Elas foram abordadas no painel “O digital atrai os digitais: a consolidação dos neobanks na era conectada”, do CIAB FEBRABAN, terça-feira (22)
Em sua participação no debate, o membro dos Conselhos de Administração do Banco Original e da PicPay, Raul Moreira, disse segundo reportagem publicada pela plataforma Noomis, da Febraban, que este crescimento se deve a evolução da tecnologia, ao novo perfil do consumidor, mais disposto a experimentar as inovações, e à abertura da estrutura regulatória, que flexibiliza a entrada de novas plataformas financeiras digitais em operação.
A discussão contou com a participação do Chief Digital Transformation Officer, Financial Services Business da Huawei, Chen Kun Te. O executivo apresentou a do mercado chinês, um dos mais avançados no tema banco digital.
Sua avaliação é de que os superapps não podem ser definidos apenas como bancos digitais. Ele argumenta que por conectarem pessoas a vários tipos de negócios eles não devem se resumir a uma simples disponibilização de produtos financeiros, mas, sim, promover diversas experiências.
“Em parceria com empresas dos mais variados segmentos, os bancos podem, por exemplo, oferecer benefícios aos seus usuários via live streaming em seus apps”, completou.