Após analisar 52 projetos inscritos, o Banco Central divulgou ontem (25) os sete selecionados para o Ciclo 1 da iniciativa. Eles receberão autorização específica e terão o seu desenvolvimento acompanhado pelo Comitê Estratégico de Gestão do Sandbox BC (Cesb). Esta etapa terá a duração de um ano, podendo ser prorrogado por mais um.
A intenção é que, após esse período e, com as orientações do BC, os projetos selecionados que se mostrarem efetivos possam ser implementados de forma permanente por participantes do mercado, contribuindo para a oferta de novos e melhores serviços aos usuários dos Sistemas Financeiro Nacional (SFN) e de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Entre as prioridades dessa primeira edição estão projetos que tratam de soluções para o mercado de câmbio; do fomento ao mercado de capitais por intermédio de mecanismos de sinergia com o mercado de crédito; de soluções para o Open Banking, para o Pix e para o mercado de crédito rural e do fomento a finanças sustentáveis.
A lista dos escolhidos é a seguinte :
- MERCADO PAGO – Implementação de uma rede de pontos físicos que ofereça o serviço de aporte de recursos em espécie
- IUPI – Plataforma capaz de movimentar valores entre duas ou mais contas, mediante a transferência de valores para contas ‘temporárias ou de liquidação’, sob demanda, para a realização de uma operação sob condições previamente firmadas
- HIMOV – Empréstimo com garantia de imóvel, com o pagamento no vencimento e sem amortizações periódicas, conjugado com a contratação de seguros específicos para redução dos riscos pertinentes
- JP Morgan – Solução tecnológica para a execução de instruções de pagamentos multi-moeda, de uso exclusivo entre instituições autorizadas pelo BC a operar no mercado de câmbio com a finalidade de troca imediata de reservas
- ITAUCARD – Realização de transações de pagamento com concessão de crédito, rotativo ou parcelado, utilizando funcionalidades do Pix
- BOLSA OTC – Plataforma para emissão e negociação secundária de títulos de renda fixa privada
- INCO – Desenvolvimento de um mercado secundário de Cédulas de Crédito Bancário -CCBs
“O BC irá analisar se essas propostas que nos foram apresentadas fazem sentido, podem ser efetivadas. Caso a resposta seja positiva, cabe a nós, como órgão regulador do SFN e do SPB, desenvolver uma norma que abarque essas inovações”, explicou o analista no Decem e coordenador da assessoria técnica do CESB, César Frade.