A companhia de venture capital Bossanova Investimentos anunciou ontem (6) o lançamento do banco digital BossaBank. O empreendimento tem como objetivo ampliar a oferta de produtos para democratizar o investimento em startups no país e fomentar o ecossistema de tecnologia.
O banco contará com a funcionalidade de investback, uma forma de cashback em que 1% dos valores das taxas inerentes às operações é revertido em recursos para investimento em startups. A expectativa é que a plataforma movimente R$1 bilhão durante o primeiro ano e que mais de 850 startups possam ser beneficiadas. A operação será realizada por meio da infraestrutura white label do banco Modal, possibilitada pela estratégia Modal as a Service — que oferece soluções e produtos customizados de banking, seguros, investimentos e crédito, etc.
A Bossanova explica que o modelo segue a premissa do Silicon Valley Bank, referência para as startups americanas. Pela plataforma, pessoas físicas e jurídicas conseguirão abrir uma conta de forma totalmente gratuita, podendo realizar transferências bancárias, PIX, pagar boletos e ter acesso a todos os serviços financeiros de um banco tradicional, só que com um cartão de crédito pré-pago. Para empresas, logo será possível também a antecipação de recebíveis.
Segundo João Kepler, CEO da Bossanova, o objetivo é fazer com que mais pessoas possam investir em startups e não apenas instituições. “Depois que atingimos a missão de investir em mil startups, seguimos buscando fazer mais pelo ecossistema. Queremos ajudar tanto quem quer investir como startups que procuram aportes. Por isso, o BossaBank conta com DNA de startup, onde a pessoa consegue abrir uma conta de forma segura, rápida e ágil, enquanto impacta positivamente o ecossistema”, explica Kepler.
André Lauzana, CFO e diretor-executivo do Modal, explica que o Modal as a Service é um modelo inédito no mercado, que oferece um conjunto de soluções inteligentes por meio de uma estrutura robusta e completa.
“Com o Modal as a Service, vamos disponibilizar aos investidores e empreendedores do Bossanova uma experiência cada vez mais fluida e hiperpersonalizada dentro o nosso ecossistema de bem-estar financeiro”, afirma Lauzana.
Outro diferencial será a possibilidade da instituição financeira se conectar com soluções desenvolvidas por fintechs que integram o portfólio de investidas da companhia. “Ao mesmo tempo que poderemos expandir a oferta de produtos financeiros para os clientes do Bank, poderemos ser um laboratório de iniciativas e soluções para o mercado nacional de startups”, destaca Kepler. Transfeera e Inco são exemplos de startups que já estão validando integrações, possibilitando serviços como automatização de rotina de gestão e processamento de pagamentos e emissão eletrônica de Cédulas de Crédito Bancário para startups.