A fintech de pagamentos Marvin acaba de anunciar a captação de R$ 72 milhões como fruto da concretização de sua terceira rodada de investimentos. A transação foi liderada pelo fundo norte-americano Canaan, com a participação de outras instituições como a Canary e a Mauá Capital, além de cinco investidores-anjo.
Segundo reportagem publicada pela revista Forbes, após um ano de operação a fintech registra 400 mil pequenos varejistas cadastrados em seu sistema e 26 indústrias fornecedoras parceiras incluindo macas como O Boticário, Aurora Alimentos, Alpargatas (dona da Havaianas), Caloi e Ale Combustíveis.
A publicação informa que a meta da Marvin é alcançar um milhão de pequenos varejistas. Por este motivo, uma parcela significativa dos novos recursos será destinada aos esforços para ampliar a penetração no varejo e alcançar mais clientes.
Ainda de acordo com a matéria, a Marvin tem como principal diferencial a proposta de não cobrar taxas dos pequenos varejistas pelo serviço de antecipação de pagamentos. Outra inovação é o fato de o pagamento ao fornecedor por intermédio da Marvin ser feito no momento da compra, de modo que não há risco de crédito.
O cofundador da Marvin, Bernardo Vale afirma na entrevista que o objetivo da fintech é substituir o boleto como meio de pagamento entre fornecedores e clientes, e introduzir a forma de recebíveis em substituição.
Brendan Dickinson, sócio geral do fundo Canaan afirmou em comunicado que a digitalização acelerada do comércio brasileiro, dos meios de pagamentos e dos produtos financeiros, combinada com os esforços do Banco Central na área de recebíveis, destravou oportunidades de inovação nos pagamentos B2B.
“A Marvin está construindo uma infraestrutura para alavancar a expansão do mercado para os fornecedores e aliviar o fluxo de caixa de milhares de varejistas”, concluiu.