A plataforma de infraestrutura blockchain Paxos, publicou ontem (13) o “What’s Driving the Imense Growth of Crypto in Latin America?”, um white paper que investiga as tendências que impulsionam a adoção de ativos digitais na região. Os autores do estudo afirmam que a movimentação financeira envolvendo criptomoedas no continente saltou de um patamar inferior a US$ 10 bilhões em julho de 2020 para mais de US$ 60 bilhões em maio de 2021. Este desempenho tem o Brasil como destaque, ficando em 5º em todo o mundo.
O relatório afirma que à medida que os mercados de criptomoedas e ativos digitais experimentam dores de crescimento esperadas nos EUA e na Europa, o uso de ativos digitais pelos consumidores cresce enormemente nos últimos dois anos em países da América Latina e este crescimento não mostra sinais de desaceleração. Ao contrário disso, está acelerando.
A Paxos concluiu que o futuro parece promissor para o crescimento contínuo dos mercados de criptomoedas da América Latina, catalisado pela expansão da conscientização sobre a classe de ativos, o desejo de romper com os bancos tradicionais, a popularidade das carteiras digitais, o avanço contínuo do acesso à Internet e a instabilidade econômica persistente.
A empresa afirma que procurou entender os fatores por trás da adoção robusta da criptomoeda na região após a integração bem-sucedida de criptomoedas em vários aplicativos de fintechs latino-americanas como Mercado Livre, Nubank, PicPay e outros.
As descobertas da Paxos incluem os principais motivadores da adoção de criptomoedas na América Latina como: o desejo de maior acesso ao dólar americano como proteção contra a inflação, remessas internacionais mais fáceis e menos caras e um movimento geral de afastamento dos bancos tradicionais em direção a novos provedores de serviços.
Além disso, a disponibilidade de aplicativos fintech e a penetração da tecnologia da Internet por meio de telefones celulares, carteiras digitais e consoles de jogos está reduzindo as barreiras financeiras para indivíduos com ou sem conta bancária. A maior conectividade com o sistema financeiro está acelerando ainda mais a adoção de stablecoins e criptomoedas, seja para pagamentos, remessas internacionais, investimentos ou para uma reserva de valor.
“Descobrimos uma série de forças socioeconômicas, tecnológicas, regulatórias e culturais convergindo nos últimos dois anos para impulsionar ainda mais a criptomoeda no sistema financeiro convencional na América Latina”, observou Michael Coscetta, chefe de receita da Paxos. “O mais empolgante é o potencial dos mercados de ativos digitais para aumentar o gasto e o poder de economia de milhões, ajudando assim a impulsionar a inovação.”.
O White Paper contou com a colaboração de especialistas como Bruno Balduccini, sócio do Pinheiro Neto Advogados, Brasil, Gloriana Carballo , consultora de fintech da Impesa, Costa Rica, Wences Casares , CEO da Xapo, Argentina, Dolores El Jaouhari , gerente de produto da Prex, Argentina, Florence Grassl , gerente de inovação e marketing de produtos da Multimoney, El Salvador, Ernesto Leal , chefe de pagamentos e produtos do Grupo Gente, Costa Rica, e Agustin Paez , gerente de marketing de crescimento da Prex, Argentina.