Times de futebol já podem usar criptomoedas para driblar problemas financeiros

O futebol brasileiro, conhecido por ser rico em talento e pobre em soluções financeiras, acaba de ganhar nas criptomoedas uma aliada para ajudar a equilibrar as finanças. Na semana passada foi lançada oficialmente a Footcoin.club, plataforma desenvolvida para aproximar torcedores aos clubes de futebol. O projeto permite que a pessoa compre a moeda do seu time do coração e com ela possa adquirir produtos do marketplace do mesmo, tais como ingressos para jogos e materiais esportivos além de serviços de parceiros como o Uber, consórcios e clínicas.

O primeiro a explorar a ferramenta foi o Fortaleza, líder da Série B do Campeonato Brasileiro, que tem como técnico o ex-golerio do São Paulo, Rogério Ceni.  O Tricolor de Aço, como é conhecido, aproveitou as comemorações pelo seu centésimo aniversário e lançou na semana passada a criptomoeda Leãocoin (LEC).

De acordo com uma reportagem da revista Época Negócios, serão emitidos 700 milhões de Leãocoins, que podem ser comprados pelos torcedores ao preço de um real cada. A ideia é que o dinheiro ajude o Fortaleza a investir em melhorias na sua infraestrutura e reforços para seu elenco.

A compra pode ser feita no site oficial da iniciativa, assim como a doação de moedas para o clube e a compra de produtos personalizados como camisas, bonés e mochilas do Fortaleza para pagar com a Leãocoin.

O CEO da Footcoin, José Rozinei da Silva, explica que a solução se diferencia das criptomoedas tradicionais principalmente porque ela não terá flutuação de preço. Segundo ele, o instrumento funcionará como tokens de utilidade que o torcedor compra e depois troca por produtos e serviços. O executivo afirma que a expectativa é de que em breve os grandes clubes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais anunciem projetos semelhantes.

Em notícia publicada no portal minutotech.com.br, o CEO da fintech Allgoo e um dos desenvolvedores do projeto, Luiz Cláudio Macedo, afirma que o Footcoin.club traz um modelo inovador e irá contribuir muito para o desenvolvimento e profissionalização do esporte no Brasil. “Há muito ainda por vir, isso é só o começo”, promete.