O estudo ‘Industry Insights Report’, realizado pela TransUnion, companhia global de soluções de informação, com foco no mercado norte-americano, publicado nesta semana revelou que as fintechs foram responsáveis por 38% dos saldos de concessão de empréstimo pessoal sem garantia, realizados nos Estados Unidos em 2018. Com este resultado as startups financeiras passaram a liderar o market share deste segmento, ultrapassando bancos, cooperativas e outras empresas financeiras tradicionais.
De acordo com matéria sobre o assunto publicada pelo portal IP News, no primeiro ano no qual as fintechs passaram a figurar entre os competidores deste segmento, em 2013, elas registravam apenas 5% dos saldos.
O relatório mostra que seis anos depois a participação dos bancos diminuiu para 28%, em comparação aos 40% em 2013, enquanto as cooperativas de crédito declinaram de 31% para 21% durante o mesmo período.
No texto, o presidente da TransUnion no Brasil, Juarez Zortea, comenta que as fintechs têm impulsionado o mercado global de crédito pessoal sem garantia, uma vez que oferecem opções diferenciadas a pessoas que, muitas vezes, tinham suas solicitações negadas pelas instituições tradicionais.
“Nesse estudo verificamos que o crescente interesse do consumidor por crédito pessoal tem motivado instituições financeiras em geral a revisitarem suas ofertas, introduzindo inovações em seus modelos de análise para concessão de crédito, o que permite maior poder de escolha para os mutuários de todos os níveis de risco”, afirma.
O veículo informa que nos Estados Unidos, as fintechs se tornaram concorrentes diretas dos bancos tradicionais, uma vez que assim como eles, emitem financiamentos regulares na faixa de US$ 10.000. No caso das cooperativas de crédito, a diferença já é um pouco maior já que essas trabalham com empréstimos em torno de US$ 5.300. A média de empréstimos pessoais sem garantia de débito por devedor foi de US$ 8.402 no quarto trimestre de 2018.