O sistema financeiro aberto pode incluir 4,6 milhões de pessoas no mercado de crédito e injetar R$ 760 bilhões na economia segundo estudo publicado pela Serasa Experian. A pesquisa aponta um aumento de 49% na estimativa da capacidade de pagamento mensal da população, passando de R$ 929,00 para R$ 1.391,00. Com isso, os consumidores podem ter acesso a um recurso financeiro ideal de acordo com o seu perfil, uma vez que as instituições que concedem o crédito passam a ter mais segurança a partir das informações detalhadas do sistema.
“Com a junção das informações é possível obter um score ainda mais acurado e mensurar melhor a probabilidade de um consumidor se tornar inadimplente. Na avaliação das análises, bancos e fintechs terão uma estimativa entre o valor obtido experimentalmente e o valor verdadeiro da renda do seu cliente, mesmo ela sendo recorrente ou não. Essas configurações permitem maior possibilidade de entender de fato qual é o comprometimento da renda de uma pessoa e sua disponibilidade para assumir novos créditos”, explica o head de Open Banking da Serasa Experian, Leonardo Enrique.
Ao analisar as faixas etárias da população atreladas à capacidade de pagamento, o estudo identifica que a maioria delas ganha um aumento significativo no valor médio da renda com os dados personalizados do Open Banking e do Serasa Score.
Para as pessoas de até 25 anos a alta é de 95,9% (passando de R$ 540,00 para R$ 1.057,00), para aqueles que possuem idade entre 25 e 40 anos o aumento é de 45,7% (de R$ 987,00 para R$ 1.437,00), já entre a população de 41 a 60 anos existe um crescimento de 27,3% (de R$ 1.508,00 para R$ 1.921,00). Apenas na população de mais de 60 anos de idade há queda (10,4%). Ou seja, a capacidade de pagamento diminui devido à identificação de vários pagamentos de despesas básicas (contas de água, luz, telefone, planos de saúde, entre outras.) que passam a ser mais bem conhecidas pelo sistema.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o Open Banking é um importante aliado da população e da economia brasileira. “A concessão de crédito pode ajudar as pessoas até mesmo com a quitação de dívidas básicas, como água e luz, especialmente, em um cenário econômico desafiador como o que vivemos. Quanto maior a oferta de concessão de crédito, mais positivo é para a economia, pois incentiva a elevação do consumo da população. Parte do PIB está relacionado ao consumo das famílias, sendo assim, mais volume de crédito destinado à pessoa física eleva o poder de compra, ou seja, isso tem impacto indireto sobre o crescimento econômico do país. Nesse sentido, o Open Banking traz cada vez mais benefícios para toda a economia”, esclarece.
.