A Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban) publicou no dia 26 de abril um relatório no qual afirma que o surgimento das fintechs incorpora riscos reais e tangíveis para a indústria financeira. “Estes novos fornecedores de crédito não são monitorados por qualquer autoridade. Ninguém sabe suas práticas, seus critérios para a concessão de empréstimos e políticas para prevenir problemas financeiros. Também não se deve esquecer a questão da proteção dos consumidores, ” diz a entidade na publicação.
O posicionamento se concentra basicamente em cinco pontos que são: a oferta de crédito; um fenômeno que a entidade chamou de ‘Eletronização’ dos mercados; a questão da proteção dos dados; o impacto na política monetária; e a arbitragem regulatória. O documento completo está exposto no site da Felaban e pode ser conferido neste link.
Enquanto isso, de acordo com matéria publicada ontem (1) no jornal argentino Clarin, o Banco Central daquele pais começou a trabalhar para regular a atividade das fintechs. Para isso, a autoridade reguladora teria criado um Bureau de Inovação onde os representantes da Associação de Bancos da Argentina (ABA) se reúnem com membros da Associação de Banqueiros da Argentina (Adeba), da Associação de Bancos Públicos e Privados da Argentina (Abappra), e representantes das fintechs.
O canal de diálogo inclui três painéis de discussão sendo um deles focado em tecnologia, outro em meio de pagamento, e o terceiro para as outras atividades das fintechs.
De acordo com números do BC argentino, entre 2000 e 2015 foi reduzido em 34% o número de bancos de varejo que operam naquele país. Enquanto isso, já é registrada a existência de 60 fintechs operando em território portenho, o que representa um número maior do que os 49 bancos privados atuantes na atividade de varejo.