Os resultados anunciados no final da semana passada revelam um ritmo acelerado de busca por crédito em fintechs no início deste ano tanto por empresas como por pessoas físicas. A TrustHub, startup que realiza antecipação de recebíveis, anunciou já ter concedido mais de R$ 15 milhões em financiamentos a PMEs desde que começou a operar em novembro do ano passado. Enquanto isso, a Lendico, uma das maiores plataformas de crédito pessoal online do Brasil, revelou que o número de pessoas que buscaram empréstimo em seu site em fevereiro foi 50% superior ao mesmo período do ano passado.
Os números da TrustHub revelaram uma média de 45 transações por dia. O diretor de meios de pagamentos da empresa, Alexandre Góes, credita o resultado à agilidade proporcionada pela fintech. Segundo ele, os pequenos e médios empreendedores sempre tiveram grande dificuldade para conseguir crédito no Brasil. “Ao oferecer um serviço digital, sem burocracia e extremamente rápido, a TrustHub consegue saciar essa grande procura. Com esse mercado aquecido, até o final deste ano, esperamos antecipar R$ 5 milhões por dia”, comenta.
O executivo informa que a TrustHub deve expandir as suas operações, ainda em 2018, para Peru e Chile, países que possuem um cenário semelhante ao brasileiro.
Por sua vez a Lendico detalha por meio de uma pesquisa as principais motivações das pessoas para solicitar crédito na fintech neste início de ano. Em uma reportagem publicada no site NoticiasaoMinuto, a empresa diz que o empréstimo para a compra de eletrodomésticos e eletrônicos subiu 91%, quando comparado ao segundo mês de 2017. Além disso, o percentual de pedidos para a aquisição de veículos subiu 43%.
O investimento para abrir novos negócios também continua em forte ascendência com aumento de 48%. O setor imobiliário é outro que voltou a crescer e revelou um montante 7% maior. Além disso, reformas, mudanças e mobília dispararam este ano com percentual 35% maior na solicitação de empréstimos.
O CEO da Lendico, Marcelo Ciampolini avalia que está havendo uma mudança no comportamento do consumidor que busca empréstimo online. “Antes o percentual de buscas por crédito para dívidas era maior, mas agora há também mais clientes buscando empréstimo para investir no negócio, no imóvel, ou fazer a aquisição de bens.” explicou