O Departamento do Tesouro dos EUA publicou na terça-feira (31) o relatório “Finanças não bancárias, fintech e inovação”, um documento com 222 páginas que traz mais de 80 recomendações voltadas ao plano de estimular a concorrência e novas ideais no setor financeiro. Entre os principais pontos destaca-se a criação de uma nova carta nacional de tecnologia financeira que na prática autoriza as fintechs a atuarem em condições regulatórias semelhantes às dos bancos em todo o território nacional. A medida tem sido objeto de forte oposição de reguladores estaduais.
“Proporcionar um caminho para as fintechs se tornarem bancos nacionais pode fortalecer o sistema bancário federal promovendo crescimento econômico, modernização, inovação e competição”, disse o executivo responsável pelo Office of the Comptroller of the Currency, Joseph Otting, segundo o portal Finance Magnates.
“A América é líder em inovação. Devemos acompanhar as mudanças da indústria e incentivar a engenhosidade financeira para fomentar os vibrantes setores de serviços financeiros e tecnologia do país”, declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin em reportagem publicada pelo portal Finextra.
De acordo com a publicação, as recomendações do relatório foram elaboradas para alcançar quatro grandes objetivos: o uso responsável dos dados financeiros do consumidor; a criação de um ambiente regulamentar simplificado que promova a inovação e evite a fragmentação; a modernização dos regulamentos para uma série de produtos e atividades; e a facilitação de sandboxes reguladores que promovem a inovação.
De acordo com o relatório, entre 2010 e o terceiro trimestre de 2017, mais de 3.330 novas empresas de base tecnológica que atendem à indústria de serviços financeiros foram fundadas nos EUA, sendo 40% delas focadas nos mercados bancários e de capitais.