A KPMG divulgou ontem (13) o relatório semestral Pulse of Fintech referente ao ano de 2018, com a informação de que os investimentos em startups financeiras atingiram níveis recordes em escala global no ano passado, com US $ 111,8 bilhões, contra os US $ 50,8 bilhões que entraram no setor em 2017. O estudo credita este resultado em grande parte às fusões e aquisições.
Negociações envolvendo Nubank, PagSeguro e Stone, entre outras, levaram o Brasil a ser mencionado como um dos mercados que comprovam a teoria de que no panorama global, o segmento passa por um momento de expansão geográfica dos negócios que, por sua vez, seria um indicativo da crescente maturação do setor de tecnologia financeira.
O co-líder global de Fintech da KPMG, Ian Pollari, defendeu essa tese em reportagem publicada pelo portal britânico P2P Finance News, argumentando que fintechs em mercados tão diversos quanto Alemanha e Brasil estão atraindo rodadas maiores e posteriores.
O relatório constatou que durante o ano de 2018, bancos e instituições financeiras de médio porte também se envolveram em fintech, já que se concentraram em inovação para criar crescimento sustentável.
“Bancos de todos os tamanhos estão aumentando seus investimentos em categorias que fazem sentido para eles como seguro, pagamentos e empréstimos”, disse Robert Ruark, diretor de prática de Fintech da KPMG nos EUA.
“Eles estão buscando maneiras de acelerar seu crescimento e continuaremos a ver esse tipo de atividade em 2019 e além,” avaliou.
O relatório sugeriu que provavelmente haverá uma quantidade significativa de financiamento disponível para as fintechs nos próximos trimestres, particularmente em B2B, regtech e insurtech. O investimento corporativo também permanecerá forte, mas pode haver uma ênfase crescente nos modelos de parceria em relação aos investimentos diretos.