A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) divulgou na semana passada o balanço do primeiro semestre no setor. Entre as principais revelações a entidade informou que nos últimos dez anos, a taxa média cobrada nas transações com cartões, conhecida como MDR (Merchant Discount Rate), teve uma redução de quase 25%.
De acordo com matéria publicada pela Agência Brasil, a entidade informou que apenas entre o segundo trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019, a taxa saiu de 2,12% para 1,91%. Para a associação, o resultado é reflexo do aumento da concorrência no setor, a chamada Guerra das Maquininhas, que se caracteriza pela chegada de novas empresas credenciadoras e maior diversificação dos modelos de negócio.
Os números mostram que os cartões movimentaram R$ 850 bilhões no 1º semestre do ano, com crescimento de 18% em relação aos seis primeiros meses de 2018. Os cartões de crédito registraram R$ 534,4 bilhões (alta de 18,8%), os cartões de débito, R$ 308 bilhões (alta de 16%), e os cartões pré-pagos, R$ 7,4 bilhões (alta de 70,4%).
Apenas no 2º trimestre, a alta do setor foi 19% – maior crescimento em sete anos (desde março de 2012) –, com destaque para o uso do cartão de crédito, que cresceu 19,7%.
“Estamos vivendo um processo de digitalização dos pagamentos, no qual temos cada vez mais consumidores de todo o País usando os cartões e outros meios digitais, seja presencialmente, seja pela internet ou aplicativos, e também cada vez mais lojas e prestadores de serviços aceitando esse tipo de transação”, afirma o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.
A quantidade de compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos no período ultrapassou a marca de R$ 10,3 bilhões, o equivalente a 40 mil transações a cada minuto.
Análise dos dados da Abecs e do Banco Central mostra que o volume movimentado pelo cartão de crédito no primeiro semestre foi responsável por 68,4% de todo o crédito concedido à pessoa física para o financiamento ao consumo de bens e serviços no Brasil.